Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para manifestar apoio a Israel após os ataques lançados pelo Irã. A declaração foi feita no último sábado (13 de abril), no contexto da ofensiva aérea conduzida por Teerã como resposta a um bombardeio anterior contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria.
“Deus abençoe Israel”, escreveu Bolsonaro em sua conta no X (antigo Twitter), marcando o perfil oficial do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O gesto foi interpretado como um claro posicionamento político diante do conflito, ainda que Bolsonaro não tenha feito menção direta ao Irã ou aos acontecimentos específicos que motivaram a retaliação.
Aliás, essa não foi a primeira vez que o ex-chefe do Executivo se pronunciou em defesa do Estado israelense. Durante seu mandato, Bolsonaro promoveu uma aproximação inédita entre o governo brasileiro e o de Israel, com visitas oficiais, declarações públicas de alinhamento diplomático e até mudanças na política externa brasileira.
O Irã, por sua vez, justificou a ofensiva como legítima defesa, afirmando ter utilizado drones e mísseis em resposta à morte de oficiais militares iranianos em Damasco. Israel não reivindicou a autoria do ataque à embaixada, mas foi apontado por Teerã como responsável pelo bombardeio. Conforme as autoridades iranianas, o país estaria agindo de maneira proporcional às agressões sofridas.
Enquanto isso, líderes internacionais demonstraram preocupação com a escalada militar na região. Os Estados Unidos, por exemplo, alertaram para o risco de ampliação do conflito, e reforçaram seu apoio à defesa de Israel. A Organização das Nações Unidas (ONU), semelhantemente, pediu contenção de ambas as partes, a fim de evitar uma guerra aberta no Oriente Médio.
Bolsonaro, mesmo fora do poder, continua mantendo presença ativa nas redes sociais, sobretudo em momentos de repercussão internacional. Seu apoio público a Israel se soma a uma série de declarações anteriores que indicam seu alinhamento ideológico com o governo de Netanyahu, principalmente em temas relacionados à segurança e à soberania nacional.
A ofensiva iraniana representou um marco nas tensões entre os dois países, porquanto foi a primeira vez que o Irã admitiu oficialmente um ataque direto ao território israelense. A investida aumentou as preocupações quanto à estabilidade na região, pressionando atores globais a adotarem posições diplomáticas mais firmes.