A crise no São Paulo Futebol Clube atingiu um novo patamar neste início de semana. Após fortes críticas da Torcida Independente, principal organizada do Tricolor, a pressão surtiu efeito: o técnico Luis Zubeldía foi demitido nesta segunda-feira (16).
A decisão da diretoria ocorre em meio a uma crescente onda de insatisfação por parte da torcida e segue o tom de urgência exigido pela carta aberta publicada pelo líder da organizada, Baby.
Carta aberta escancara tensão nos bastidores
Na mensagem divulgada nas redes sociais, Baby não poupou críticas à gestão de Júlio Casares, exigindo mudanças radicais no departamento de futebol. “A bola está com você, Casares. O CT da Barra Funda precisa de uma gestão 100% técnica”, escreveu o torcedor, apontando interferência política e amadorismo na estrutura do clube.
Além disso, nomes de peso como Carlos Belmonte, Nelson Chapecó e Muricy Ramalho foram alvos diretos. O líder da organizada questionou o papel do ex-treinador como assessor e sugeriu sua saída: “Muricy? Ídolo que precisa ter atitude. E a melhor seria parar”.
Departamento médico e preparação física também são alvos
Vale destacar que a carta não se limitou à comissão técnica e à diretoria. O departamento médico e a preparação física também foram duramente criticados, principalmente pelo alto número de lesões.
“Como o São Paulo pode ser o time que mais lesiona jogadores e que mais demora pra recuperá-los? Sanches, já deu”, reclamou Baby, referindo-se ao coordenador do Reffis.
A queda de Zubeldía
Zubeldía, que chegou com respaldo da torcida e da diretoria, perdeu força rapidamente. “Zubeldía? Cara firmeza de caráter, mas que não consegue mais fazer o time jogar”, afirmou o líder da Independente. Com isso, o treinador acabou sendo desligado.
Ultimato da torcida e pedido por reforços
No trecho final, Baby deixa claro o tom de urgência: “Faltando cinco jogos pra não cair, não diga que não foi avisado, Júlio Casares. Demissão já de Zubeldía, Belmonte, Nelson e Chapecó. Contratação imediata de quatro jogadores cascudos para tentar salvar o ano”.
Sendo assim, a diretoria tricolor se vê agora diante da necessidade de reorganizar o futebol do clube, porque a pressão da arquibancada tende a aumentar. A paciência da torcida acabou e as próximas decisões serão cruciais para o futuro do São Paulo.