O Santos vive uma reta final de Campeonato Brasileiro marcada por tensão e cobrança. Em meio à luta contra o rebaixamento, o diretor executivo de futebol Alexandre Mattos falou publicamente sobre o momento delicado, enfatizando que o clube passa por uma “situação de guerra” no torneio nacional.
Contratado em junho, Mattos assumiu a gestão esportiva da equipe no segundo semestre, período no qual o time da Vila Belmiro tentava se reestruturar após retornar da Série B. Atualmente, o clube figura na zona de rebaixamento, com 33 pontos em 32 rodadas, e ainda tem confronto atrasado contra o Palmeiras pela frente.
Durante conversa com a imprensa no Maracanã, após a derrota por 3 a 2 para o Flamengo, no domingo (09 de novembro), o dirigente fez um desabafo sobre o contexto vivido pelo clube. “Meu sofrimento é enorme, mas a minha convicção é que, junto com a torcida, nos próximos dois jogos, contra times que estão no G4, vamos fazer bons jogos”, declarou Mattos, ressaltando a importância da reação imediata.
Ainda que os resultados recentes preocupem, o dirigente reafirma sua confiança em uma virada, precipuamente em partidas disputadas na Vila Belmiro. Ele acredita que a retomada da força do Santos como mandante pode ser decisiva na luta contra a queda. “A gente não pode perder isso. A culpa é nossa: jogadores, diretoria. A torcida está fazendo a parte dela”, pontuou.
O executivo também fez questão de elogiar o comportamento da torcida, citando o apoio durante partidas difíceis como um diferencial. Segundo ele, “foi impressionante” a postura dos torcedores mesmo em situações adversas, como na recente partida contra o Botafogo e, mais recentemente, diante do Flamengo.
Mattos reconheceu as limitações do atual elenco e a dificuldade enfrentada na janela de transferências do meio do ano. Conforme relatou, “quem é bom já jogou e não tem como transferir”, o que dificultou a chegada de reforços de peso no período. Apesar disso, garantiu que há confiança no grupo atual e afirmou que parte dos jogadores pode entregar mais do que tem mostrado.
Aliás, ao avaliar seu início de trabalho, destacou que seria irreal imaginar uma resolução completa dos problemas em poucos meses. “Se em dois meses nós formos resolver todos os problemas do Santos… aí não é profissional, aí é mágico. E mágico ninguém é”, afirmou o dirigente, ao tentar contextualizar o estágio da reconstrução.
O próximo compromisso do Santos será no sábado (15 de novembro), às 21h (horário de Brasília), contra o Palmeiras, na Vila Belmiro. Posteriormente, o clube enfrentará Mirassol e Internacional nas rodadas finais do Brasileirão, confrontos que podem definir o destino da equipe na competição.


