A atuação e, sobretudo, a postura de Neymar durante a partida contra o Flamengo, no último domingo (9), provocaram desconforto nos bastidores do Santos. O camisa 10, antes era tratado como referência absoluta no clube, tem gerado divisões internas por atitudes explosivas e reclamações excessivas.
Embora publicamente o discurso seja de cautela, fontes ligadas ao cotidiano da equipe revelam que o descontentamento se espalhou entre jogadores, comissão técnica e diretoria.
Durante o confronto válido pelo Campeonato Brasileiro, Neymar demonstrou irritação constante com colegas, árbitros e até com a comissão técnica. A situação se agravou após sua substituição, quando reagiu negativamente à decisão de Juan Pablo Vojvoda.
O comportamento foi interpretado como desrespeitoso e desagregador, sobretudo em um momento no qual o clube tenta se afastar da zona de rebaixamento.

Relações estremecidas nos bastidores
De acordo com informações publicadas pelo ge, pessoas ligadas ao dia a dia do Santos relataram que Neymar já não é visto como unanimidade entre os funcionários e o elenco.
A percepção interna é que o atleta tem exposto o grupo de forma pública, sem oferecer soluções técnicas ou liderança construtiva dentro de campo. O incômodo se estende à avaliação de que o atacante transmite a ideia de desconfiança sobre a capacidade dos demais jogadores em contribuir com a reação do clube.
Tal postura, para parte do elenco e da diretoria, agrava o clima nos vestiários e afeta diretamente o rendimento da equipe na reta final da competição.
Discurso público é de contenção
Apesar das críticas reservadas, o Santos optou por adotar uma abordagem diplomática diante da repercussão do caso. A diretoria, comissão técnica e até mesmo lideranças do elenco, como Guilherme, preferiram amenizar a situação nas entrevistas, adotando um tom de conciliação.
Internamente, há consenso de que as atitudes de Neymar não colaboram com o momento delicado vivido pelo clube, mas não há, até o momento, qualquer movimento no sentido de aplicar punições formais ao jogador.
A estratégia atual é preservar o ambiente até o fim da temporada, tentando manter o foco na permanência na Série A.


