O São Paulo foi novamente alvo de sanção da Fifa e está impedido de registrar novos atletas até resolver pendência financeira ligada à contratação de Jonathan Calleri. A medida foi confirmada na quarta-feira (03 de dezembro), após decisão do órgão máximo do futebol, que arbitrou uma divergência entre o clube e os representantes envolvidos na intermediação do retorno do atacante ao Brasil, em 2021.
O imbróglio gira em torno de uma comissão de aproximadamente 1,2 milhão de dólares (cerca de R$ 6,3 milhões), valor solicitado por uma empresa que representava Calleri na negociação. A diretoria são-paulina reconheceu o débito após a definição do montante exato pela Fifa, que atuou como mediadora diante da falta de consenso entre as partes sobre o valor devido.
Conforme informado por fontes ligadas à gestão do Morumbi, a expectativa é de que o pagamento seja realizado até sexta-feira (05 de dezembro), a depender dos trâmites burocráticos. Com isso, o clube busca reverter a punição e evitar prejuízos no planejamento da próxima temporada, sobretudo na janela de transferências do início do ano.
Essa não é a primeira vez que o São Paulo passa por situação semelhante em 2025. Anteriormente, em agosto, o clube já havia sido punido por uma dívida de 300 mil dólares (cerca de R$ 1,62 milhão à época) com o Cerro Porteño, referente à contratação do volante Bobadilla. Na ocasião, o problema foi solucionado poucos dias depois com o pagamento do valor estipulado.
Enquanto enfrenta limitações no mercado, o São Paulo também lida com dificuldades financeiras internas. A redução no elenco e a necessidade de equilibrar as contas forçaram a diretoria a negociar diversos atletas formados nas categorias de base. Entre os nomes envolvidos em transferências estão Henrique Carmo, William Gomes, João Moreira, Luiz Henrique, Matheus Alves e Lucas Ferreira.
Aliás, o momento turbulento ampliou a pressão sobre o presidente Julio Casares. A campanha abaixo das expectativas no Brasileirão de 2025, somada à ausência de títulos relevantes, provocou manifestações críticas nos bastidores do clube e até movimentos internos que pedem a saída do dirigente.
Por outro lado, a diretoria busca alternativas para contornar a crise. Um dos caminhos cogitados é a criação de um fundo de R$ 200 milhões para investimento em reforços, o que permitiria maior flexibilidade assim que as pendências forem resolvidas e o transfer ban, suspenso.
Por fim, vale destacar que os próximos compromissos do Tricolor estão agendados para quarta-feira (03 de dezembro), às 20h (horário de Brasília), contra o Internacional, e domingo (07 de dezembro), às 16h (horário de Brasília), diante do Vitória, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
