A relação entre Franco Delgado e o Corinthians ganhou um novo capítulo, desta vez fora das quatro linhas. O atacante uruguaio, de 20 anos, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão unilateral de seu contrato com o clube.
O motivo são atrasos no pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), situação que, segundo a nova Lei Geral do Esporte, dá ao jogador o direito de romper o vínculo.
Pedido de rescisão
O processo, aberto em maio, inclui uma cobrança de R$ 604.036,47. O valor engloba salários atrasados, FGTS, férias, 13º salário e uma indenização referente ao tempo restante de contrato, que vai até março de 2027. Além disso, Franco também solicita a multa de 40% sobre o FGTS e os honorários advocatícios.
De acordo com o jogador, o Corinthians deixou de cumprir obrigações patronais em diversos meses, mesmo com os salários em dia. “
Em que pese os salários estarem em dia, fato é que a Reclamada não cumpre com suas obrigações patronais”, destaca a ação. Por isso, a defesa utiliza os artigos 86 e 90 da Lei Geral do Esporte para sustentar o pedido de rescisão.
Promessa que não vingou
Revelado pelo Danúbio, Delgado chegou ao Corinthians com status de promessa. Vale destacar que o clube utilizou um crédito de 115 mil euros junto à FIFA para garantir a contratação. Com isso, evitou custos diretos, mas apostava no desenvolvimento do atleta.
Entretanto, a trajetória do uruguaio não correspondeu às expectativas. Foram apenas dois gols em 13 partidas pelo Sub-20. Cabe ressaltar que o jogador perdeu espaço com as trocas de técnicos e chegou a ser barrado no elenco.
Futuro incerto para ambas as partes
Sendo assim, a ação judicial pode representar o fim precoce da passagem de Franco Delgado pelo clube. O Corinthians, por sua vez, afirmou que “não se manifesta sobre processos em andamento”. Dessa maneira, o futuro do atacante segue indefinido, ao mesmo tempo em que o clube enfrenta mais um problema extracampo.