O volante Maycon, do Corinthians, vive um novo impasse em sua trajetória no clube. O Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, recusou mais uma tentativa da diretoria alvinegra de renovar seu empréstimo para a temporada de 2026, reiterando que não tem mais interesse em ceder o jogador por meio de nova cessão temporária.
Essa foi a quarta investida do Corinthians para manter o meio-campista em sequência, desde que o atleta retornou ao clube. Contudo, o Shakhtar comunicou formalmente que só voltará a discutir uma liberação temporária se as pendências financeiras forem resolvidas. O time ucraniano alega que o clube brasileiro ainda deve cerca de 1 milhão de euros — aproximadamente R$ 6,1 milhões — referentes a parcelas não quitadas dos dois últimos empréstimos firmados, nos anos de 2022 e 2023.
A contraproposta feita pelo Shakhtar inclui duas alternativas. A primeira seria a compra em definitivo, estipulada em 2 milhões de euros (algo em torno de R$ 12,2 milhões). A segunda permitiria um novo empréstimo, mas mediante compensações, como a inclusão de atletas corintianos no negócio ou a cessão de percentuais de direitos econômicos de jogadores vinculados ao clube paulista.
Maycon tem vínculo com o clube ucraniano até o fim de 2027, mas seu atual contrato de empréstimo com o Corinthians termina em 31 de dezembro deste ano. Na atual temporada, o volante disputou 39 partidas, marcou três gols e deu uma assistência. Sob o comando de Dorival Júnior, consolidou-se como uma das lideranças do elenco, inclusive ostentando a braçadeira de capitão em diversas ocasiões.
A situação contratual do Corinthians também interfere na condução das negociações. O clube ainda está impedido de registrar novos atletas por conta do transfer ban imposto pela Fifa, devido a uma dívida com o Santos Laguna, do México, envolvendo a contratação do zagueiro Félix Torres. Isso agrava ainda mais a possibilidade de qualquer nova movimentação no mercado, incluindo a permanência de Maycon.
Apesar das dificuldades, o interesse do Corinthians na manutenção do volante é claro, sobretudo pela forte identificação do atleta com o clube e pela regularidade demonstrada dentro de campo.
