Na segunda-feira (16), a cantora Anitta anunciou estar enfrentando uma infecção bacteriana severa. O diagnóstico, feito dias antes, obrigou a artista a cancelar uma série de compromissos profissionais, incluindo a apresentação que realizaria na quarta-feira (18) no tradicional São João de Campina Grande, na Paraíba.
Além disso, eventos diplomáticos e ambientais também foram suspensos, como o encontro com as ministras Sonia Guajajara e Marina Silva no Rio de Janeiro.
Em vídeos divulgados por meio do Instagram, a artista relatou: “Já estava há alguns dias, mas eu tinha certeza absoluta que até hoje eu estaria bem. Estou recebendo antibióticos na veia. Está tudo sobre controle, mas o tratamento é lento”.
A assessoria de imprensa reforçou que o estado de saúde da cantora requer “repouso” e “cuidados médicos”.
O que é uma infecção bacteriana severa?
Esse tipo de infecção é causada por bactérias que desencadeiam uma inflamação aguda e podem se espalhar rapidamente, comprometendo órgãos vitais. Conforme explicou o infectologista Jean Gorinchteyn, quando não tratadas de forma rápida, essas infecções podem evoluir para sepse e levar à morte.
As formas mais comuns incluem infecções gastrointestinais, urinárias, pulmonares e nas amígdalas. Os sintomas, que variam conforme o local afetado, podem incluir febre, taquicardia, confusão mental, sonolência e extremidades arroxeadas.
Em situações críticas, há risco de choque séptico, insuficiência renal, meningite e necessidade de suporte ventilatório em unidade de terapia intensiva.
Diagnóstico e tratamento
A identificação da bactéria responsável pelo quadro é feita por meio de cultura de secreções como sangue ou urina. Isso permite a escolha do antibiótico mais eficaz. A administração intravenosa do medicamento é adotada especialmente em quadros complexos, pois garante ação rápida, atingindo níveis terapêuticos mais elevados no sangue em pouco tempo.
Segundo Gorinchteyn, “ela atinge de uma forma muito mais rápida a concentração necessária para destruir a bactéria, revertendo o quadro de forma muito mais rápida”. O tratamento, em geral, dura de 7 a 10 dias, podendo se estender até 14 dias, dependendo da gravidade.
A medicação é, preferencialmente, iniciada nas primeiras 48 a 72 horas, em ambiente hospitalar ou com suporte de homecare.
Populações mais vulneráveis e prevenção
Embora qualquer pessoa possa desenvolver uma infecção bacteriana, os grupos de maior risco são idosos, bebês, gestantes e imunodeprimidos. O uso prévio de antibióticos entre dois a seis meses antes do novo quadro pode reduzir a eficácia do mesmo medicamento, em função da resistência bacteriana adquirida.
Além disso, estima-se que infecções bacterianas sejam responsáveis por cerca de 15% das mortes globais por ano. Muitas das bactérias envolvidas, como Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae, já estão presentes naturalmente no corpo humano e causam problemas quando há desequilíbrio imunológico ou proliferação descontrolada.
Considerações finais
A situação de Anitta evidencia a importância da identificação precoce e do tratamento eficaz das infecções bacterianas. O uso correto dos antibióticos, conforme orientação médica, é essencial para a recuperação e prevenção de complicações.
“Eu sei que vai ficar tudo bem, que eu tenho a torcida de vocês”, declarou a cantora, demonstrando confiança na recuperação.