Dylan Vergara, meio-campista do Real Pilar, foi detido no domingo (16) ao tentar entrar no estádio Alfredo Ramos, na capital argentina, para acompanhar uma partida válida pelo Torneio Apertura da Primeira B Metropolitana.
O jogador, que não estava escalado, foi abordado durante a revista em um dos pontos de segurança e teve a entrada interrompida por policiais após identificação de um mandado de prisão por tentativa de homicídio.
De acordo com informações das autoridades locais, a ordem judicial contra o atleta estava em vigor desde 28 de janeiro de 2025. Ainda assim, Vergara participou normalmente da temporada até o momento de sua prisão, inclusive atuando em sete partidas, nas quais marcou dois gols e concedeu uma assistência.
A situação se tornou pública após o atleta ser encaminhado diretamente à delegacia, sem acompanhar o jogo, que terminou com derrota de sua equipe por 1 a 0 para o Comunicaciones.
Atuação sob investigação
A continuidade da atuação do jogador em partidas oficiais do futebol argentino, mesmo com um mandado judicial em aberto, provocou questionamentos imediatos sobre a eficiência do sistema de comunicação entre as instituições judiciais e as entidades esportivas.
A imprensa argentina levantou críticas à fragilidade no cruzamento de dados entre os órgãos de segurança e os responsáveis pela organização do campeonato.
Segundo levantamento do ge, Dylan esteve em campo desde a estreia do Real Pilar no torneio, no dia 8 de fevereiro, período que corresponde a mais de quatro meses de atividade regular, sem qualquer impedimento formal por parte das autoridades judiciais ou esportivas.
Repercussão e silêncio institucional
Até o momento, nem o Real Pilar nem a federação local divulgaram comunicados oficiais sobre o ocorrido. Não há informações sobre a abertura de investigação interna por parte das autoridades esportivas. Tampouco foram anunciadas eventuais sanções ao atleta ou à equipe por parte da organização do campeonato.
Dessa forma, a detenção de Vergara expôs falhas no controle institucional entre o Judiciário e o ambiente do futebol argentino, além de acender um alerta sobre a responsabilidade das partes envolvidas em assegurar que jogadores em situação legal pendente não permaneçam em atividade pública.
Processo segue em curso
Com a prisão, a Justiça argentina dará continuidade ao processo já instaurado. O conteúdo detalhado da acusação não foi revelado, mas trata-se de tentativa de homicídio. Vergara seguirá sob custódia, à disposição das autoridades, enquanto os trâmites judiciais se desenvolvem. “A Justiça argentina agora dará prosseguimento ao processo criminal que já estava em curso”, informou a publicação do portal Jogada10.
