Em recente análise publicada, Milton Neves voltou a demonstrar sua admiração pelo trabalho realizado por Abel Ferreira no comando do Palmeiras. O jornalista destacou que o clube alviverde alcançou um nível de organização tática e competitividade comparável ao de grandes equipes do futebol europeu. Para ele, o desempenho da equipe sob o comando do treinador português evidencia uma estrutura sólida dentro e fora de campo.
O empate sem gols diante do Porto, pela Copa do Mundo de Clubes, serviu como base para as declarações de Milton. Apesar do placar, o comentarista considerou a atuação do Palmeiras expressiva frente a um adversário de tradição no cenário europeu. “Mais uma prova de que Abel Ferreira, com competência e comando, montou um verdadeiro time europeu na América do Sul”, afirmou.

Na visão de Milton Neves, o Palmeiras atual teria desempenho competitivo em ligas do Velho Continente. “Se disputasse o Campeonato Português ou o Italiano, brigaria pelo título”, opinou. Ele ainda acrescentou que, atuando em ligas como a francesa, a alemã ou a espanhola, o time certamente conquistaria uma vaga na Liga dos Campeões.
O jornalista também chamou atenção para o que considera um dos pilares do sucesso recente do Verdão: a gestão. De acordo com ele, os títulos acumulados são consequência de um planejamento sério e comprometido com a excelência esportiva. “O Palmeiras hoje colhe os frutos de um trabalho estruturado, profissional e focado em excelência”, destacou.
Embora tenha elogiado o Palmeiras, Milton apontou o Fluminense como o melhor estreante entre os brasileiros na rodada inaugural do Mundial. Para ele, o desempenho do Tricolor contra o Borussia Dortmund foi mais marcante que o de outras equipes nacionais, inclusive aquelas que venceram. Ele ainda ironizou a performance dos alemães, comparando-os ao Criciúma.
Por fim, o comunicador aproveitou o espaço para questionar os critérios adotados por Carlo Ancelotti nas convocações para a Seleção Brasileira. Segundo ele, o nível exibido por equipes como o Fluminense deveria servir de alerta. “Se o sexto colocado do Brasileirão consegue jogar em alto nível contra um dos melhores times da Europa, será que nossos atletas não merecem mais chances na seleção?”, questionou.