O Corinthians trabalha com urgência para regularizar a situação da Neo Química Arena, visando evitar restrições de público no retorno do Campeonato Brasileiro, marcado para sábado (13 de julho). O clube precisa implementar o sistema de reconhecimento facial, conforme a nova exigência que passou a valer no último domingo, e que afeta estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas.
Atualmente, a arena alvinegra não dispõe dessa tecnologia, o que pode limitar o público a menos de 20 mil torcedores. Com capacidade para cerca de 49 mil, a Neo Química Arena poderia operar com público reduzido caso não cumpra a norma. A diretoria do Corinthians, então, intensificou as negociações com a Polícia Militar e o Ministério Público, apresentando um cronograma gradual de implantação do sistema.
Segundo o clube, o atraso na instalação se deve a decisões da antiga gestão e à recente troca de comando, que culminou na mudança de fornecedor da tecnologia: a empresa Bepass foi substituída pela Ligatech. “Já adquirimos 145 novas catracas e iniciamos o cadastro biométrico dos sócios-torcedores”, informou um representante do clube durante reunião com as autoridades.
Embora o Corinthians avalie que é inviável concluir a instalação antes do jogo contra o Red Bull Bragantino, a ideia é ativar os novos sistemas de forma setorial a cada rodada, ao longo de sete jogos. Enquanto isso, o clube busca apoio para adiar o prazo legal por três meses ou obter aval jurídico para que apenas o cadastro biométrico de quem compra o ingresso seja aceito, mesmo sem o uso nas catracas.
Para acelerar a transição, o Corinthians dobrou a equipe responsável pelo suporte ao cadastro e prepara uma campanha de comunicação com torcedores. Ainda assim, a ausência de eventos-teste devido à manutenção do gramado dificulta o processo.
A obrigatoriedade do reconhecimento facial está prevista na Lei Geral do Esporte, sancionada em junho de 2023. Apesar do atraso, internamente há confiança de que a situação será solucionada antes de eventuais punições no Brasileirão.
