sexta-feira, junho 20, 2025
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Angélica é sincera ao falar sobre a sua menopausa

A apresentadora Angélica compartilhou publicamente, durante um debate realizado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, as dificuldades enfrentadas ao longo do processo de menopausa. Com 51 anos atualmente, ela contou que os primeiros sintomas surgiram aos 43. Embora não seja considerado um caso precoce, a própria artista classifica esse início como antecipado.

“Eu comecei a sentir os primeiros sintomas com 43 anos. Não é considerado precoce, mas o meu foi antecipado”, afirmou, com bom humor. Segundo ela, o desconhecimento e a ausência de informação dificultaram o reconhecimento da situação. “Eu não entendia, porque não tinha tanta informação como tem hoje, a gente não falava assim abertamente, as pessoas públicas não falavam sobre isso, não tinha matéria”, relatou.

Angélica destacou que, mesmo buscando ajuda médica, inicialmente não encontrou o suporte necessário. “Fui num médico que, de alguma forma, na época, ele não soube lidar com aquela situação, e eu também não procurei uma segunda opinião. E fui tomando chá de não sei o quê, coisas naturais, e nada funcionando muito”, revelou.

Com o tempo, ao buscar acompanhamento especializado com endocrinologista e ginecologista, conseguiu dar início à reposição hormonal, o que trouxe alívio. “Até que eu fui procurar um endócrino, uma ginecologista e comecei a fazer realmente a reposição. E aí a vida muda, né gente? Porque você vê que não precisava passar por tudo isso (…) eu poderia ter passado mais leve por esse período”.

A experiência pessoal levou a apresentadora a refletir sobre a forma como a sociedade lida com o tema. Para ela, a menopausa ainda é cercada de preconceitos e tabus, o que dificulta o acesso à informação e ao tratamento adequado. “Faltou informação. Menopausa é tabu, infelizmente. É cada vez menos, mas é tabu (…) Tem uma coisa de que a mulher entrando na menopausa acabou né? Depois que você entende o processo, fica mais leve”, ponderou.

Nas redes sociais, Angélica reforçou a necessidade de romper com o silêncio. “Menopausa sempre foi um assunto cercado de tabus, mas isso está mudando. Hoje temos cada vez mais mulheres falando sobre o tema, o que ajuda a quebrar o silêncio que por muito tempo foi imposto”, escreveu.

Segundo ela, estima-se que cerca de 75% das mulheres passem por sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida — como ondas de calor, insônia, alterações de humor e perda de libido. “Falar sobre menopausa é necessário. É cuidar da saúde física, mental e emocional de milhões de mulheres. E sim, toda vez que for preciso, a gente vai falar sobre isso”, completou.