A Universidade de São Paulo (USP) deixou de figurar entre as 100 melhores universidades do mundo no mais recente QS World University Rankings 2026, divulgado nesta quinta-feira (19). A instituição paulista caiu para a 108ª colocação, após dois anos consecutivos entre as primeiras 100.
Vale destacar que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, manteve a liderança pela 14ª vez seguida.
A montanha-russa do desempenho da USP
Nos últimos cinco anos, a USP teve oscilações significativas no ranking global. Após alcançar o 85º lugar em 2024, a universidade caiu para 92º em 2025 e agora para 108º. Isso porque o QS ampliou o número de universidades avaliadas para mais de 8.400, aumentando para 1.501 as classificadas, número superior ao das edições anteriores. Portanto, o recuo da USP também pode ser explicado pela entrada de novas instituições na disputa.
Além disso, a USP permanece como a universidade brasileira mais bem colocada no ranking, seguida pela Unicamp (233ª) e UFRJ (317ª). Porém, com essa queda, a liderança latino-americana foi perdida para a Universidade de Buenos Aires (UBA).
Com isso, a instituição paulista reafirma sua posição de destaque, mas enfrenta desafios para se manter entre as melhores do continente.
Pontos fortes e o caminho a seguir
Cabe ressaltar que, apesar da queda, a USP avançou quase seis pontos em seu score geral, de 61,6 para 67,3, e melhorou em sete dos nove indicadores avaliados, entre eles reputação acadêmica, sustentabilidade e rede internacional de pesquisa. A universidade figura entre as 100 melhores do mundo em quatro desses critérios, incluindo o impacto dos egressos (31ª posição).
A coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores da USP, Fátima Marques, lembra que as metodologias do QS mudam a cada ano, dificultando comparações diretas. Desse jeito, o desempenho deve ser analisado em sua totalidade e no contexto das avaliações globais.
Por fim, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior destacou: “A USP não pauta suas ações para conquistar melhores posições em rankings, mas na busca constante da excelência de suas atividades.”
Dessa maneira, o foco segue sendo qualidade em ensino, pesquisa e extensão, porque somente assim a universidade poderá reconquistar posições e manter sua relevância global.
