Às vésperas de um dos maiores desafios do Botafogo nos últimos anos, o técnico Renato Paiva surpreendeu ao minimizar o peso do favoritismo do Paris Saint-Germain. Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (18), no Rose Bowl, o comandante alvinegro reforçou que o emocional pode ser decisivo, e que o foco deve estar no desempenho da equipe carioca, e não na reputação do adversário.
“O cemitério do futebol está cheio de favoritos”
Durante a coletiva, Paiva foi direto ao abordar a narrativa de favoritismo ao redor do confronto contra o PSG:
“Acho que o cemitério do futebol está cheio de favoritos”, afirmou, alertando para os perigos de se deixar levar por rótulos. Isso porque, segundo ele, entrar no campo das emoções descontroladas pode ser prejudicial para o desempenho.
Sendo assim, o treinador pediu que seus comandados mantenham a identidade do time:
“Eu quero que eles sejam eles mesmos. Só isso.” Dessa maneira, Paiva tenta blindar o elenco da pressão externa e conduzi-lo com equilíbrio diante do campeão europeu.
Preparação limitada, foco no essencial
Cabe ressaltar que, entre a estreia diante do Seattle Sounders e o jogo contra o PSG, houve pouco tempo para treinos. Por isso, a comissão técnica utilizou vídeos como ferramenta principal de preparação.
“Não foi possível corrigir o que estava errado [em campo]. (…) A única forma que tem para trabalhar é vídeos, individuais e coletivos, e em setores. Foi isso que fizemos”, explicou o treinador, destacando a análise minuciosa do próprio desempenho e dos pontos fracos do PSG.
Botafogo com os pés no chão e olhos na vitória
Com isso, Renato Paiva tenta conduzir o Botafogo com serenidade rumo ao duelo desta quinta-feira, que pode marcar a história do clube. Além disso, sua fala serve como injeção de confiança: há espaço para sonhar, porque no futebol, nem sempre o favorito vence.
Portanto, mais do que encarar gigantes, o desafio está em manter a essência. E nisso, o Glorioso promete ser fiel a si mesmo.
