O empate sem gols entre Fluminense e Borussia Dortmund, na estreia do Grupo F da Copa do Mundo de Clubes, trouxe à tona um ponto muitas vezes ignorado por análises superficiais: o maior desgaste enfrentado pela equipe brasileira em comparação ao adversário europeu. Por isso, a atuação sólida do Tricolor das Laranjeiras merece ainda mais destaque.
Calendário pesado pesa contra os brasileiros
Vale destacar que, apenas em 2025, o Fluminense já entrou em campo 37 vezes. O Borussia Dortmund, por outro lado, disputou 28 partidas no mesmo período. Quando ampliamos a análise para os últimos 12 meses, de junho de 2024 até junho de 2025, o desequilíbrio se intensifica: o clube carioca realizou 72 jogos, enquanto os alemães atuaram em 51 ocasiões.
Sendo assim, o argumento de que o Borussia estaria fisicamente desgastado soa, no mínimo, contraditório. Isso porque o time europeu ficou praticamente um mês sem atuar, tendo seu último jogo oficial em 17 de maio. O Fluminense, por outro lado, entrou em campo no dia 1º de junho, com um intervalo bem menor até a estreia no torneio internacional.
Desempenho tricolor desafia as narrativas
Além disso, a equipe comandada por Fernando Diniz não se limitou a se defender. Desde o início da partida, o Fluminense buscou o gol com intensidade, criou boas oportunidades e controlou por diversos momentos as ações ofensivas do Borussia.
Cabe ressaltar que esse tipo de desempenho, mesmo diante de uma carga física elevada, demonstra a capacidade de organização e competitividade dos clubes sul-americanos frequentemente subestimados.
Portanto, tentar justificar o bom resultado do Fluminense com base em um suposto “cansaço europeu” distorce os fatos. Com isso, o clube carioca prova, mais uma vez, que merece respeito no cenário internacional.
Dessa maneira, é justo reconhecer que o Fluminense enfrentou mais desafios, teve menos descanso e, mesmo assim, saiu de campo com um resultado digno e que poderia, inclusive, ter sido ainda melhor.