Nos últimos dias, diversos usuários do YouTube notaram um comportamento inesperado da plataforma ao utilizar bloqueadores de anúncios. Relatos nas redes sociais, principalmente no Reddit e em fóruns de outros navegadores, apontam que a reprodução dos vídeos tem sido prejudicada quando essas ferramentas estão ativas. A tela fica preta por alguns segundos antes do início do conteúdo, o que muitos interpretam como uma forma indireta de penalização.
Embora o Google ainda não tenha confirmado oficialmente que está adotando medidas para dificultar o uso de adblockers, a página de suporte da própria empresa sugere que extensões desse tipo podem causar falhas ou lentidão na reprodução. A recomendação, aliás, é que o usuário tente acessar o YouTube em uma janela anônima, com todas as extensões desativadas, a fim de verificar se o problema persiste.
Essa possível estratégia tem gerado discussões sobre sua real intenção. Afinal, a plataforma já foi acusada anteriormente de aplicar lentidão proposital, como aconteceu em 2023, com pop-ups e travamentos para quem utilizava bloqueadores. A intenção, conforme relatos recorrentes, seria induzir o usuário a assinar o YouTube Premium, serviço pago que remove anúncios e oferece recursos adicionais, como a reprodução em segundo plano e acesso ao YouTube Music Premium.
A depender do plano escolhido, os valores do YouTube Premium no Brasil variam entre R$ 16,90 (versão Lite) e R$ 53,90 (plano Família). O plano mais barato, contudo, apenas remove os anúncios, sem liberar outras funcionalidades.
O modelo de negócios do YouTube é baseado, primordialmente, na receita gerada por anúncios. Essa receita é fundamental para manter a estrutura da plataforma e remunerar os criadores de conteúdo. Assim, quando usuários utilizam bloqueadores, esse ciclo é interrompido, o que afeta tanto a sustentabilidade da plataforma quanto a dos próprios produtores.
Vale destacar que conforme observações de usuários, as medidas restritivas vêm se intensificando, mas o debate permanece aberto.