A atriz Claudia Ohana, atualmente com 62 anos, tem utilizado sua visibilidade para abordar com franqueza temas considerados tabus na sociedade, especialmente em relação à sexualidade feminina na maturidade. Durante entrevista ao programa Surubaum, apresentado por Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, ela reafirmou sua postura ativa e sem pudores:
“Devemos lutar contra o etarismo, porque as mulheres hoje em dia estão maravilhosas, felizes e querem espaço na sociedade. Trabalhando, fazendo sexo… muito essa mulher moderna”.
A artista enfatizou que o prazer não deveria ser limitado pela idade. Segundo ela, o processo da menopausa representa uma transformação importante, mas não um obstáculo intransponível. “Dá uma acalmada, o que às vezes é bom porque você só fica focada naquilo.
A libido não é só sexual, mas é o tesão da vida. Isso é muito importante, porque, senão, você deprime”, refletiu.
Relacionamentos, autonomia e vivência pessoal
Solteira no momento, Claudia revelou que mantém uma “amizade colorida”. Ao falar sobre sua experiência íntima, destacou que nunca se sentiu constrangida pela nudez nem pela exposição do corpo. “A nudez sempre foi muito natural para mim”, disse.
A naturalidade vem, segundo ela, do ambiente artístico no qual cresceu. “A gente passava fins de semana com vários atores, nossos colegas, eu era menor de idade, e todo mundo tomava banho de cachoeira nu, na praia nu. Nunca foi tabu, nenhum problema”.
Além disso, a atriz comentou sobre a repercussão de um de seus ensaios fotográficos mais marcantes. O ensaio para a revista Playboy, no qual optou por não se depilar, virou assunto de debate nas redes sociais anos após sua publicação.
“Na época, os leitores não se chocaram com a imagem natural, mas, com o tempo, o ensaio virou motivo de escândalo”, observou, criticando os padrões estéticos impostos atualmente.
Liberdade feminina em todas as fases da vida
O depoimento da artista evidencia um posicionamento claro em defesa da autonomia feminina, principalmente na terceira idade. “Nunca foi tabu”, reafirmou, ao tratar tanto da nudez quanto da vivência sexual. Com isso, Ohana busca ressignificar o olhar social sobre o envelhecimento da mulher, além de fortalecer discursos que valorizam a liberdade pessoal e o prazer em diferentes fases da vida.
Por fim, Claudia Ohana ressalta que, apesar dos desafios físicos e sociais, o desejo continua sendo um motor essencial. “A libido não é só sexual, mas é o tesão da vida”, resumiu com contundência.