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A declaração do filho de Francisco Cuoco sobre a situação do pai antes de morrer

Francisco Cuoco faleceu na quinta-feira (19 de junho), aos 91 anos, e seu velório foi realizado em São Paulo, em cerimônia aberta aos torcedores e à família. O filho mais novo do ator, Diogo Cuoco, conversou com a imprensa e compartilhou detalhes emocionantes sobre os últimos momentos do pai.

Segundo Diogo, Cuoco estava sedado e cercado pelos familiares antes de falecer. “Gostaríamos de dizer que estamos, naturalmente, tristes, consternados, mas que a gente está em paz. O meu pai fez a passagem muito tranquilo, muito sereno”, relatou.

Ainda durante o velório, Diogo destacou que a longa vida do artista se deve, primordialmente, à paixão pelo ofício. “Eu acho que a longevidade que ele teve está muito ligada justamente a ele ter encontrado esse propósito, esse ofício que ele amava tanto e que fazia com muito amor e dedicação. Muitas vezes, para a gente, é difícil entender a dimensão que ele teve”, comentou.

O caçula também ressaltou a personalidade do pai fora das câmeras. “Ele era exatamente a mesma pessoa. Extremamente humilde, uma pessoa generosa, bondosa. O convívio com ele era fantástico”, afirmou. E completou: “A gente tem visto muitas pessoas dizendo isso de forma reiterada. Era uma característica dele, de fato. Então, a gente tem certeza que isso permanece em nós, permanece vivo na família, nos filhos, nos netos, nos torcedores”.

A cerimônia de despedida foi marcada por homenagens e forte presença de familiares e colegas de profissão. O caixão, mantido aberto, foi rodeado por coroas de flores, incluindo uma enviada pela Rede Globo, emissora com a qual Cuoco trabalhou desde a década de 1970. Rodrigo, Tatiana e Diogo Cuoco estiveram presentes, assim como a atriz Aldine Muller, que trabalhou com o ator em “O Salvador da Pátria”.

O sepultamento foi reservado apenas à família, conforme informado pela assessoria do artista.

Francisco Cuoco nasceu em São Paulo no dia 29 de novembro de 1933 e se consolidou como um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira. Sua carreira, que ultrapassou cinco décadas, incluiu passagens pelo teatro, cinema e televisão. Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, ele integrou grupos como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete, atuando ao lado de figuras como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.

Entre seus papéis mais marcantes, destacam-se as novelas “Redenção” (1966) e “Pecado Capital” (1975), além de diversas atuações ao lado de Regina Duarte, com quem formou par romântico em mais de uma produção.