Após a vitória por 3 a 0 sobre o Melgar, que garantiu a classificação do Vasco na Copa Sul-Americana, o técnico Fernando Diniz destacou a evolução do time e fez um apelo enfático para que Rayan permaneça no elenco durante a próxima janela de transferências do meio do ano. O jovem atacante, revelado pelas categorias de base do clube, marcou o primeiro gol da partida e tem sido um dos principais destaques da equipe.
Diniz, que demonstrou forte conexão com o jogador desde sua chegada, classificou Rayan como “insubstituível”. Segundo o treinador, vender o atleta neste momento representaria uma perda técnica e financeira para o clube. “O Rayan é imperdível. Vender o Rayan agora é vender por um valor muito menor do que ele vai valer. Você não contrata outro Rayan. Ele faz parte do que projeto para o Vasco”, declarou.
Aliás, o bom desempenho recente do atacante, somado ao respaldo do treinador, alterou completamente o cenário interno do clube. Anteriormente, a diretoria considerava a negociação do jogador como certa, diante da necessidade de equilibrar as finanças e do interesse de clubes europeus de média expressão. Contudo, a ascensão de Rayan em campo e o posicionamento firme de Diniz mudaram o curso do planejamento.
O diretor de futebol Admar Lopes também se manifestou sobre o tema. “Minha expectativa com a diretoria é manter o Rayan, não negociar nesta janela, mas há uma multa rescisória. Se pagarem, não podemos fazer nada. Eu acredito que o Rayan vai ficar até o fim do ano no Vasco, mas nada é impossível no futebol”, afirmou, reconhecendo a dificuldade da situação.
Atualmente, Rayan é considerado o principal ativo do clube e está avaliado em cerca de 14 milhões de euros (aproximadamente R$ 88 milhões). Apesar disso, o clube já cogitava valores próximos de R$ 100 milhões anteriormente. Com vínculo até o fim de 2026, o contrato do atacante conta com cláusulas que permitem renovações automáticas, a fim de evitar perda futura sem compensação financeira.
Surpreendentemente, o crescimento do jogador se deu não apenas com a camisa vascaína, mas também com a seleção brasileira sub-20, pela qual disputou o Mundial da categoria. Conforme a comissão técnica, o Vasco montou uma logística especial para garantir o retorno de Rayan a tempo de enfrentar o São Paulo, e a estratégia foi recompensada: o atacante participou diretamente de dois dos três gols da vitória por 3 a 1.
A relação próxima entre o clube e o pai do jogador, Walkmar, que também atuou pelo Vasco, tem sido um fator relevante para manter o diálogo e a permanência do atleta. Diante do cenário, o clube reconhece que o assédio internacional pode aumentar, mas aposta no ambiente atual para manter o camisa 77 por mais tempo.
