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Atlético-MG recebe reforço para quitar dívidas; entenda

A crise financeira que ameaça o Atlético-MG pode ganhar um fôlego importante nos próximos meses. Em meio a um cenário de dívidas que já ultrapassam os R$ 2 bilhões, a diretoria da SAF alvinegra iniciou tratativas com possíveis investidores para injetar capital no clube. A prioridade, no entanto, não é reforçar o elenco, mas sim pagar dívidas de curto prazo e evitar um colapso financeiro.

Aporte bilionário para emergências financeiras

A Galo Holding, controladora de 75% das ações da SAF do Atlético, está disposta a vender parte de sua fatia para atrair um novo parceiro. Isso porque, segundo avaliação de especialistas como o economista César Grafietti, o clube precisa de, no mínimo, R$ 600 milhões para estabilizar suas contas no curto prazo e ainda reduzir despesas.

“Gostaríamos muito de ter um investidor que preencha todos os pré-requisitos e que possa trazer um capital adicional para, quem sabe, a gente ficar livre dessa parcela, que é a famosa dívida onerosa”, declarou Rafael Menin, um dos principais acionistas da SAF.

Kroenke entra em cena como possível parceiro

Um dos nomes mais cotados para esse aporte é o bilionário americano Stan Kroenke, proprietário do Arsenal (ING) e de outras grandes franquias esportivas dos Estados Unidos. Além disso, outras opções também estão sendo avaliadas. As negociações estão sendo conduzidas por Daniel Vorcaro, um dos atuais sócios da SAF e homem de confiança dos irmãos Menin.

Estrutura acionária e estratégia a longo prazo

Atualmente, a estrutura societária da SAF do Galo é composta por 25% pertencentes ao clube associativo e os 75% restantes divididos entre diferentes investidores, como os irmãos Menin, Daniel Vorcaro, Ricardo Guimarães e o fundo FIGA. Com isso, a entrada de um novo sócio implicará na diluição proporcional dessas participações.

Sendo assim, o foco atual da diretoria é reequilibrar as finanças. Por isso, os torcedores que esperam contratações imediatas podem se decepcionar. Ainda assim, vale destacar que esse movimento pode representar um passo fundamental para garantir a sustentabilidade do clube no médio e longo prazo. Dessa maneira, o Atlético-MG tenta reconstruir sua força fora de campo, para no futuro voltar a brigar por títulos com mais solidez.