O Cruzeiro vive um momento decisivo tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Enquanto a equipe se prepara para a retomada do Campeonato Brasileiro, a diretoria acelera as tratativas para firmar um novo contrato com a Minas Arena, visando garantir condições mais vantajosas para utilizar o Mineirão como seu estádio principal. A expectativa interna é de que o acordo seja oficializado ainda no segundo semestre de 2025.
Conforme declarou o vice-presidente executivo Pedro Junio, os custos operacionais atuais para utilizar o Mineirão têm sido motivo de atenção. “Hoje os nossos custos operacionais do estádio são muito altos, mas a gente não abre mão de jogar na casa do Cruzeiro”, afirmou o dirigente. A negociação com a administradora do estádio, portanto, busca não apenas reduzir despesas, mas também oferecer ao clube mais autonomia em decisões e maior participação nas receitas de bilheteria e consumo.

Aliás, o vínculo entre o Cruzeiro e o Mineirão vai além do aspecto comercial. Para a diretoria, trata-se de um patrimônio emocional do clube. “A gente sabe que o Mineirão é a nossa casa, é a casa do torcedor do Cruzeiro, e a gente vai fazer de tudo para ter um contrato melhor, para o Cruzeiro ser mais rentável dentro do Mineirão”, acrescentou Pedro Junio, ressaltando o valor simbólico do estádio para a torcida celeste.
Enquanto os bastidores se movimentam, o elenco celeste volta aos treinamentos na sexta-feira (27), após duas semanas de férias. O time terá um período de 16 dias de preparação antes de enfrentar o Grêmio no sábado (13 de julho), às 20h30 (horário de Brasília), pela 13ª rodada do Brasileirão, novamente no Mineirão. A preocupação de parte da torcida é que a pausa comprometa o bom ritmo apresentado nas primeiras rodadas.
Contudo, o histórico do clube em anos anteriores mostra que os efeitos das pausas no Campeonato Brasileiro têm sido variados. Em 2013, por exemplo, o time manteve o bom desempenho após a interrupção e conquistou o título nacional. O mesmo ocorreu em 2014, quando o clube repetiu a campanha vitoriosa. Entretanto, em 2019, ano do rebaixamento, a pausa não foi suficiente para reverter o mau momento da equipe.
Portanto, embora haja expectativa por parte dos torcedores, os dados mostram que as pausas, por si só, não determinam o desempenho final do time na competição. Ao mesmo tempo, a diretoria busca consolidar uma estrutura mais sustentável e eficiente fora de campo, o que pode ser crucial para o futuro da SAF celeste.