Com o relógio correndo contra, o Santos vive momentos decisivos nos bastidores. A dívida de 2,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 16 milhões) referente à contratação do zagueiro João Basso, junto ao Arouca, de Portugal, vence nesta terça-feira (24).
Sendo assim, a diretoria santista adotou uma estratégia para ganhar tempo e tentar evitar punições severas da FIFA.
Recurso ao TAS tenta evitar punições da FIFA
O clube brasileiro optou por recorrer à Corte Arbitral do Esporte (TAS) na tentativa de reverter a decisão da FIFA, que deu ganho de causa ao Arouca pelo não pagamento do valor integral da transferência. Isso porque o Santos pagou apenas a primeira parcela, de 500 mil euros, desde a contratação de Basso em julho de 2023. Por isso, o clube português decidiu levar o caso à entidade máxima do futebol.
Vale destacar que a manobra jurídica pode estender o processo por até um ano. Enquanto aguarda uma definição no TAS, o Santos mantém um representante em Portugal com o objetivo de buscar um acordo extrajudicial. Com isso, o clube espera evitar punições como o “transfer ban”, que impediria novas contratações.
Mudança de cenário para João Basso no elenco
Apesar da dívida, o zagueiro João Basso passou a ganhar mais espaço sob o comando de Cleber Xavier. De última opção, o defensor assumiu a titularidade em jogos importantes, como diante de Vitória, Botafogo e Fortaleza. Além disso, superou nomes como Zé Ivaldo e Gil, formando dupla com Luan Peres.
Dessa maneira, mesmo em meio à pendência financeira, o jogador se valorizou no mercado. Grêmio e Botafogo demonstraram interesse, e o Santos cogita negociá-lo na próxima janela para equilibrar as contas.
Cabe ressaltar que, embora Basso tenha ganhado protagonismo, o clube ainda vê sua saída como possibilidade.
Histórico da dívida com o Arouca
Segundo apuração de Lucas Musetti, setorista do clube no UOL Esporte, a dívida inicial de R$ 12,5 milhões subiu com juros e multas. O valor total a ser pago chega agora a R$ 16 milhões.
Portanto, o desfecho nas próximas semanas será crucial não apenas para o futuro financeiro do Santos, mas também para sua movimentação no mercado da bola.