A diretoria do Santos segue em movimento nos bastidores para garantir que a próxima janela de transferências ocorra sem obstáculos. Envolvido em um imbróglio jurídico com o Arouca, de Portugal, por conta da compra do zagueiro João Basso, o clube protocolou um recurso que, na prática, adia a possibilidade de um transfer ban imposto pela FIFA.
Recurso afasta risco imediato de sanção
Condenado pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) a pagar R$ 15,9 milhões ao Arouca, o Santos recorreu da decisão e aguarda um novo julgamento, o que deve ocorrer entre seis meses e um ano. Por isso, a Fifa não poderá aplicar sanções enquanto o processo estiver em andamento. Sendo assim, o clube não corre o risco de ser impedido de registrar jogadores durante a janela do meio do ano.
Isso porque, com o recurso, o caso deixa de ter efeito imediato até que haja uma nova deliberação. A diretoria do Peixe, portanto, acredita que poderá reforçar o elenco normalmente nas próximas semanas, algo crucial para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.
Entenda a dívida com o Arouca
O impasse começou quando o Santos não cumpriu integralmente o acordo de pagamento pela contratação de João Basso, feita em julho de 2023. O clube pagou apenas a primeira parcela de 500 mil euros e, desde então, não realizou novos depósitos. O Arouca acionou a Fifa após mais de um ano sem receber.
Vale destacar que o balanço santista de 2024 reconhece uma dívida de R$ 12,5 milhões com o clube português. No entanto, com juros e multas aplicados, o valor sobe para 2,5 milhões de euros cerca de R$ 16 milhões.
Basso mantém espaço no elenco
Apesar do cenário extracampo, João Basso terminou o semestre como titular da zaga alvinegra. Além disso, o jogador demonstrou entrosamento com o grupo e mantém boa relação com ídolos da torcida, como Neymar, com quem passou as férias.
Com isso, o Santos segue focado em resolver pendências e reforçar o elenco. Cabe ressaltar que o planejamento esportivo está diretamente atrelado à gestão jurídica e financeira e, nesse sentido, o recurso protocolado pode ser o respiro necessário para manter o time competitivo.