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Lionel Messi pode ter nova casa após o Mundial de Clubes

A estrutura atual do Inter Miami, com sede em Fort Lauderdale, a cerca de 50 km da cidade que dá nome ao clube, já não atende às necessidades de uma equipe com atletas do calibre de Lionel Messi. Desde sua chegada em julho de 2023, o camisa 10 atua no acanhado Chase Stadium, que comporta apenas 21.550 torcedores.

A estrutura conta com arquibancadas tubulares e um centro de treinamentos adjacente, o que compromete a segurança e o conforto dos jogadores e torcedores.

A diretoria liderada por David Beckham e Jorge Mas já iniciou a construção do Miami Freedom Park, nova arena que deverá marcar o próximo capítulo da história da franquia. Avaliado em US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,5 bilhões), o projeto está previsto para ser concluído, ao menos parcialmente, em 2026.

A futura casa do clube terá capacidade para até 30 mil pessoas, com prioridade para modernizar instalações médicas, vestiários e áreas de recuperação física.

Messi entre o passado glorioso e o presente desconfortável

Durante as quase duas décadas em que defendeu o Barcelona, Messi se habituou a jogar no Camp Nou, com capacidade média de 75 mil espectadores. Posteriormente, no Paris Saint-Germain, atuou no Parque dos Príncipes, que abriga até 48.229 pessoas.

O contraste com a realidade atual é evidente. “Nossa linda casa está tomando forma”, escreveu Beckham nas redes sociais, ao publicar uma imagem do estádio em obras. “O sonho para o nosso clube está se tornando realidade”.

Enquanto isso, o argentino, que completou 38 anos na última terça-feira (24), ainda convive com uma estrutura limitada. O espaço reduzido entre jogadores e torcedores compromete a privacidade, sobretudo nas entradas e saídas dos jogos.

Faltam vagas de estacionamento, e os momentos de recuperação pós-partida ocorrem em instalações que não condizem com o nível do elenco atual, composto também por nomes como Suárez, Busquets e Alba.

Expectativas em torno da nova arena

A mudança para o novo endereço será acompanhada de melhorias em todos os aspectos operacionais. Além de ampliar a capacidade, o estádio terá túnel de vidro dos vestiários ao campo, além de 4.500 vagas de estacionamento. O local será construído ao lado do aeroporto internacional de Miami e poderá receber outros eventos além do futebol, conforme o planejamento dos proprietários.

Javier Mascherano, atual treinador da equipe, destacou que a presença de Messi modificou a dinâmica da MLS. “Claramente, a chegada do Leo criou um impulso para o clube e para a liga”, declarou. Ele também relatou que alguns adversários mudaram de estádio para comportar o aumento do público interessado em ver o argentino de perto. “Uma comunidade tão latina como Miami precisava de um clube de futebol”.

Transição enquanto o estádio não chega

Até que o novo palco esteja pronto, a equipe segue mandando seus jogos no Chase Stadium, mesmo ciente das limitações. Ainda assim, o desempenho em campo se mantém competitivo. A participação no atual Mundial de Clubes e a classificação para as oitavas de final refletem o crescimento esportivo que acompanha a evolução estrutural em curso.

O projeto para Messi vai além das quatro linhas: trata-se de construir uma casa à altura da sua trajetória e do novo momento do futebol nos Estados Unidos.