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A declaração de Sonia Abrão sobre atitude de Alexandre Pato no caso de Juliana Marins

A apresentadora Sonia Abrão manifestou forte indignação ao comentar o caso da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e esperar quatro dias por socorro. Durante o programa A Tarde É Sua, exibido na terça-feira (25), a comunicadora apontou falta de empenho das autoridades no resgate da jovem.

A gente não pode deixar de falar sobre a Juliana Marins, que foi localizada, mas infelizmente já estava sem vida. O público acompanhou essa história durante quatro dias e ficou torcendo para que eles pudessem resgatar a Juliana da boca do vulcão”, iniciou Sonia.

A jornalista destacou ainda que, apesar das condições climáticas desfavoráveis, a operação de resgate foi marcada por falhas estruturais e ausência de ação efetiva.

O socorro demorou, não só por causa do tempo, mas também porque esse grupo de voluntários é que se juntou para tentar resgatá-la. Eles chegaram lá. Vai me dizer que equipes mais preparadas não iriam conseguir isso rapidamente? O que faltou foi vontade ali, foi posicionamento, coragem”, concluiu.

Iniciativa solidária de Alexandre Pato

Em meio à comoção provocada pelo caso, o jogador Alexandre Pato se ofereceu para custear o translado do corpo de Juliana da Indonésia ao Brasil, cujo valor varia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. A atitude foi confirmada pela TV Globo, embora não haja confirmação sobre a aceitação da oferta pela família da vítima.

Sonia Abrão comentou a ação do atleta e reconheceu publicamente o gesto. “Com toda a certeza, ele merece um tapete vermelho por essa atitude”, declarou. Segundo ela, o envolvimento direto do jogador poderá acelerar os trâmites burocráticos. “Se ocorrer pelos meios públicos, vai demorar mais devido à burocracia pesada mesmo”, analisou.

A apresentadora ainda ouviu de seu colunista Alessandro Lo-Bianco que a mobilização do atacante contribui para aliviar o sofrimento dos familiares. A declaração de Pato, enviada por meio de uma rede social ao perfil ‘Alfinetei’, reforça a intenção: “Quero pagar esse valor para que todos tenham paz e para que ela possa descansar ao lado da família”.

Protesto da família e reação internacional

Os parentes da publicitária acusam as autoridades indonésias de negligência. Em nota publicada em perfil oficial, afirmaram que, se a equipe de resgate tivesse chegado no tempo estimado de sete horas, a jovem teria sido encontrada com vida. “Juliana sofreu uma grande negligência. Agora vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece”, diz o comunicado.

A administração do Parque Nacional do Monte Rinjani, onde o acidente ocorreu, divulgou nota de pesar pela perda da brasileira. “Rinjani compartilha nossas condolências. A natureza que ela amava testemunhou seus últimos passos”, afirmou a publicação na rede social do parque.

Impasse logístico e burocrático

A legislação brasileira, datada de 1997, não prevê o custeio por parte do Itamaraty para o retorno de corpos ao território nacional, o que transfere toda a responsabilidade às famílias. Diante desse impasse, gestos como o de Pato ganham relevância simbólica e prática, principalmente considerando o cenário de dor e urgência vivenciado pelos envolvidos.