A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a defender publicamente o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como Mundial de Clubes. A dirigente concedeu entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, considerado o mais importante da Alemanha, e reafirmou a importância histórica do título conquistado pela equipe alviverde. Segundo ela, não há dúvidas de que a conquista simboliza o pioneirismo do futebol brasileiro em competições internacionais.
Na conversa com o veículo europeu, Leila destacou que o Palmeiras tem motivos consistentes para sustentar essa posição. “A história não pode ser apagada. Para nós, e para todos que conhecem a história do futebol, o Palmeiras é, sim, campeão mundial”, declarou a presidente, ao passo que recordou a celebração institucional do feito. Aliás, o clube mantém uma estrela vermelha acima do escudo como forma de evidenciar esse marco.

O jornal alemão relatou que a estrela vermelha foi adotada com o propósito de exaltar o orgulho pela conquista e a relevância do torneio. “A estrela representa o orgulho da nossa história, e o fato de termos sido pioneiros que colocaram o nome do futebol brasileiro no topo do mundo”, afirmou Leila na entrevista. O posicionamento foi interpretado como uma resposta às recorrentes discussões que envolvem o reconhecimento oficial da FIFA.
Conforme a reportagem, a própria entidade máxima do futebol já havia dado parecer favorável ao reconhecimento do título. Em 2014, o Comitê Executivo da FIFA declarou oficialmente a Copa Rio de 1951 como equivalente a um Mundial. Entretanto, posteriormente, essa chancela passou a ser tratada de maneira confusa. O jornal relatou que documentos recentes classificaram o torneio como “Copa interconfederativa”, gerando desconforto entre torcedores e dirigentes brasileiros.
O Süddeutsche Zeitung observou que o atual presidente da FIFA, Gianni Infantino, acabou se tornando alvo de críticas por seu posicionamento. Eventualmente, sua postura foi interpretada como uma tentativa de consolidar apenas o modelo contemporâneo do Mundial, ignorando competições que ocorreram décadas antes. “Se os certificados da própria FIFA não têm mais valor, por que seguir?”, questionou o periódico em tom crítico.
Por fim, a entrevista evidencia que o tema ainda desperta reações intensas no ambiente do futebol. Afinal, a discussão sobre o status da Copa Rio persiste mesmo após setenta anos da conquista. Enquanto isso, o Palmeiras mantém seu discurso inalterado, ressaltando o significado simbólico do título e a relevância para a história do esporte nacional.