A presença crescente da BYD no mercado brasileiro de carros elétricos enfrenta um desafio inesperado. Uma decisão judicial recente determinou a suspensão da venda de veículos da marca equipados com tecnologia 4G, uma medida que pode impactar diretamente os consumidores e a estratégia da empresa no país.
Isso porque a justiça atendeu a uma ação da japonesa IP Bridge, que acusa a BYD de utilizar uma patente fundamental para essa conectividade sem a devida autorização.
A controvérsia por trás da conectividade 4G nos carros
Vale destacar que a patente PI 0908287-5, pertencente à IP Bridge, regulamenta o uso do módulo 4G em veículos, um recurso fundamental para funções inteligentes, como integração com apps, atualizações remotas (OTA), navegação e comandos por voz.
A acusação da empresa japonesa é clara: mais de 85% das fabricantes de veículos que usam essa tecnologia já firmaram contratos de licenciamento, a BYD, no entanto, não teria feito o mesmo. Por isso, a justiça entendeu ser necessária a suspensão imediata das vendas para proteger os direitos de propriedade intelectual.
Sendo assim, a liminar estipula um prazo de cinco dias para que a BYD interrompa a comercialização dos modelos afetados, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, chegando a um teto de R$ 600 mil. Além disso, a montadora deve comprovar em até dez dias as medidas adotadas para cumprir a decisão.
O que isso significa para o mercado e para os consumidores?
Com isso, a liminar pode impactar não só os veículos já em estoque, mas também futuros lançamentos da marca, incluindo os populares Dolphin, Dolphin Mini, Yuan Plus, Song Plus DM-i e Seal. Além disso, isso porque a conectividade é um dos pilares que valorizam os carros elétricos e híbridos da BYD no Brasil.
Portanto, essa disputa não apenas afeta a montadora, mas também evidencia o crescente desafio do setor automotivo em lidar com propriedade intelectual em tecnologias embarcadas.
Dessa maneira, os consumidores devem acompanhar de perto os próximos capítulos dessa história, que pode influenciar o acesso a recursos essenciais nos veículos elétricos.
Desse jeito, o caso da BYD serve como alerta para a importância do licenciamento tecnológico e da segurança jurídica em um mercado cada vez mais inovador e competitivo.