A disputa pela guarda de Léo, filho da cantora Marília Mendonça, ganhou novos contornos com a manifestação pública de Dona Ruth Moreira. A avó materna, que compartilhava a responsabilidade pelo menino com Murilo Huff, teve o convívio suspenso por decisão liminar da Segunda Vara de Família de Goiânia. A determinação judicial transferiu a guarda para o pai do garoto.
Segundo o juiz responsável pelo caso, o modelo de guarda compartilhada se tornou um fator de instabilidade, promovendo “desagregação familiar” e prejudicando o bem-estar do menor. Além disso, a decisão mencionou episódios de alienação parental e condutas classificadas como negligência médica, ambas negadas enfaticamente pela avó da criança.
Posicionamento firme contra as acusações
Em entrevista ao programa Fantástico, Dona Ruth rebateu diretamente as alegações de que teria omitido informações médicas importantes. “Esse cuidado eu faço junto com uma médica que é endócrino dele. A gente tem um grupo. Todas as babás que entram, a gente tem esse grupo. Juntamente com ele, meu marido, eu”.
Ela ainda criticou a iniciativa do ex-genro de acionar a Justiça, questionando os motivos que levaram à ruptura da convivência. “A gente vivia no respeito. Havia uma convivência. Até ele ir lá e pedir a guarda”.
Sentimento de perda e frustração
Durante o depoimento à repórter Renata Capucci, Dona Ruth expressou profunda dor ao relatar o impacto emocional da decisão judicial. “Quando a gente perde um filho, a gente morre junto. Você precisa respirar com aquela metade que ficou. Quando eu me vi sem o meu neto, eu revivi isso, voltei a viver esse luto”.
Ela também se mostrou resignada quanto à condução do processo. “Nós vamos resolver do jeito que ele pediu porque foi ele que pediu para resolver assim”.
Reações e argumentos da defesa
O advogado Robson Cunha, que representa Ruth, afirmou que o episódio que desencadeou a crise ocorreu em uma comemoração escolar no Dia das Mães. A presença simultânea de ambos teria gerado um “desconforto” que agravou as tensões entre as partes.
Sobre as finanças, a defesa também esclareceu que a administração da conta bancária de Léo era compartilhada entre Murilo e Dona Ruth, sem qualquer evidência de má gestão.
“É um dos objetos da ação essa alegação de má administração dos recursos. Em hipótese alguma existiria qualquer dilapidação material”, declarou o advogado.
Resposta do pai e decisão judicial
Murilo Huff, por sua vez, se manifestou por meio de nota, reforçando que “nunca impediu e não impedirá a convivência da avó materna em sua família com o neto”. A defesa do cantor afirmou ainda que ele tentou um acordo extrajudicial antes de recorrer à Justiça, mas não obteve retorno.
A sentença também destacou que Dona Ruth teria “agido de forma unilateral”, prejudicando o exercício da parentalidade pelo pai e transformando a convivência familiar em um ambiente de “desinformação completa”.
