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A declaração de Filipe Ret sobre sua carreira: “isso é importante…”

Na quinta-feira (19 de junho), Filipe Ret chegou aos 40 anos vivendo uma de suas fases mais marcantes, tanto na vida pessoal quanto profissional. O rapper carioca, que iniciou sua trajetória nas batalhas de rima na Lapa, no Rio de Janeiro, alcançou um novo patamar ao revelar que recebeu o maior cachê do rap nacional: R$ 500 mil por apresentação.

Nas redes sociais, o artista compartilhou o feito com seus seguidores, destacando que a conquista é fruto de uma trajetória longa e comprometida. “Isso não é sobre vaidade. Falei ano passado que o rap/trap chegaria nesse cachê. Poderia ser outro artista, e eu veria como uma vitória minha também”, escreveu. Ele ainda reforçou que o resultado é fruto de uma “performance executiva e criativa quase atlética” construída ao longo de 15 anos de carreira.

Além da ascensão profissional, Ret refletiu sobre como a maturidade influenciou sua relação com o tempo e com a própria imagem. Embora sua figura tenha ganhado apelo como símbolo de sensualidade nas redes sociais, o rapper encara isso com naturalidade e até certo distanciamento. “Eu acho engraçado. Eu não me percebo assim”, afirmou, rindo.

Aliás, a repercussão da música “Filipe Ret Me Enforca”, criada por outra artista e que viralizou com tom irreverente nas redes, exemplifica como sua imagem foi ressignificada nos últimos anos. “É óbvio que a gente se aproveita, né? A gente surfa no que tá rolando. Mas não vejo isso tomando conta da minha carreira. Vejo como algo que me levanta. Acho maneiro, que faz parte. A música tem irreverência, e isso é importante. Eu não tenho essa irreverência por mim, sabe? Então acho que isso supre algo que me completa. Talvez eu não criasse essa música, entendeu?”, completa Ret.

Conforme pontuou, a utilização da imagem pública é parte de uma estratégia bem conhecida. “Acho que é uma forma de chegar. Desde sempre, o músico tenta criar um hype pra vender suas músicas. Tudo era pensado, até pelos antigos”, refletiu, citando nomes como Frank Sinatra, Tim Maia e Raul Seixas como exemplos.

Com mais de 8,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify e ultrapassando a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube, Filipe Ret vive um momento de equilíbrio entre o artista e o empresário. “Ret é o lado artístico. O Filipe é o executivo que vende o Ret. Surgiu da necessidade. O artista precisa saber onde está no mercado. Se não entende nada sobre o negócio, é difícil durar”, explicou.

Em meio a esses papéis, ele também atua como pai, namorado, amigo e filho. Aos 40, encara o tempo como um dos bens mais preciosos que possui. “Às vezes a gente tem que ser muito ágil, muito esperto. Saber resolver muitas coisas de uma vez só”, aconselhou.

Apesar da estrutura sólida e dos números expressivos, o que o move continua sendo a música. “Se eu conseguir fazer as pessoas sonharem a ponto de mudar a vida delas, como o rap mudou a minha, já valeu”, declarou. Para ele, o rap é mais do que estilo musical: “É meio que uma igreja alternativa. Ele educa, ele leva fé pras pessoas”.