Após enfrentar complicações decorrentes de uma cirurgia ocular feita na França, Andressa Urach reapareceu nas redes sociais com um novo visual. A influenciadora, de 37 anos, aproveitou o período de recuperação para realizar a manutenção do megahair e destacar uma nova fase voltada ao autocuidado e à valorização pessoal. A transformação foi conduzida pela cabeleireira Tati Cordeiro, criadora da técnica “MegaHair Invisível”, que prioriza conforto e aparência natural.
Conforme explicou a profissional responsável, o procedimento envolveu a renovação completa das extensões, com o uso de materiais delicados e uma faixa maleável que simula o couro cabeludo. “É confortável, discreta e praticamente imperceptível ao toque. A manutenção deve ser feita a cada dois ou três meses, conforme o crescimento da raiz”, afirmou Tati. A influenciadora também compartilhou o momento nas redes sociais e comentou: “É tão bom a gente cuidar da gente, né? Amor próprio é tudo na vida. Você tem que se amar. É por você, ok? Não pra mais ninguém”.
Anteriormente, Andressa havia realizado uma cirurgia de ceratopigmentação, que muda a cor dos olhos por meio da pigmentação da córnea. Na ocasião, ela trocou os olhos castanhos por um tom de azul. No entanto, pouco tempo após o procedimento, relatou dores intensas e receio de perder a visão. A intervenção ocorreu em Nice, na França, e foi divulgada como a realização de um antigo desejo pessoal.
Apesar da motivação estética, a cirurgia em questão não é reconhecida como segura para olhos saudáveis. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) reforçaram em comunicados recentes que a técnica deve ser utilizada exclusivamente em casos de cegueira permanente ou visão extremamente limitada, como forma de reconstrução visual. O procedimento, também conhecido como “tatuagem da córnea”, envolve a aplicação de micropigmentos coloridos nas camadas internas da córnea, criando uma aparência artificial da íris.
Afinal, segundo especialistas, a ceratopigmentação pode ocasionar diversas complicações. Entre os riscos estão infecções graves, inflamações difíceis de tratar, aumento da pressão ocular, lesões persistentes na córnea e até perfuração do globo ocular. Além disso, a alteração da estrutura da córnea pode comprometer exames oftalmológicos futuros e dificultar outras cirurgias, como a de catarata.
Ainda que a prática esteja ganhando notoriedade entre influenciadores digitais, o CBO alerta que seu uso para fins estéticos não é recomendado. “Procedimentos invasivos como a ceratopigmentação não devem ser tratados como alternativas estéticas simples ou seguras”, destacou a entidade em nota oficial.


