Durante participação no programa “Caldeirão com Mion”, exibido no sábado (26), Belo comentou com tom bem-humorado a longa disputa judicial que travou com Denílson, ex-jogador e atual comentarista da Globo. A ação judicial se arrastou por mais de duas décadas e só teve um desfecho em 2023, quando um acordo foi formalizado entre as partes.
A origem do conflito remonta ao ano de 2000, quando Belo decidiu deixar o grupo Soweto para seguir carreira solo. À época, Denílson detinha os direitos do grupo e acionou judicialmente o cantor por quebra de contrato. O valor cobrado girava em torno de R$ 6 milhões, referentes à multa rescisória não quitada pelo artista no momento da separação profissional.
No palco do programa da Globo, Belo relembrou um episódio da infância, envolvendo ciúmes de sua mãe, Teresinha, pela admiração dela pela dupla sertaneja João Mineiro e Marciano. O cantor contou que, ainda criança, atirou uma pedra no carro do sertanejo Marciano, motivado pelo ciúme. A história foi utilizada como gancho para uma piada sobre a dívida quitada com Denílson: “Demorei 20 anos pra pagar o Denílson. Vou pagar você agora?”.
A plateia reagiu com risos e Marcos Mion entrou na brincadeira ao comentar: “Agora você zerou o jogo”. O tom descontraído marcou o reencontro de Belo com o tema que durante anos foi tratado judicialmente com seriedade pelas partes envolvidas.
O acordo firmado entre Belo e Denílson, divulgado publicamente em 2023, encerrou oficialmente a pendência judicial. Em nota divulgada na época, ambos afirmaram: “Como homens, adultos e profissionais que somos, era importante colocar fim a esse imbróglio que nos afastava há mais de 20 anos. Hoje, com alegria, damos por encerrado esse assunto”.
A dívida, que teve início quando Belo optou por sair do grupo que o revelou nacionalmente, tornou-se um dos episódios mais conhecidos da trajetória jurídica entre artistas e empresários no meio musical brasileiro. Apesar de o valor total não ter sido revelado no acordo final, o processo envolveu ao longo dos anos várias tentativas de negociação.
Durante o programa, o cantor também reforçou que antes de alcançar notoriedade no pagode, era influenciado pelo sertanejo que ouvia por conta da mãe. Esse detalhe ajudou a construir o tom nostálgico e descontraído da entrevista, que mesclou memórias pessoais com a resolução de um antigo impasse jurídico.
Por fim, a fala de Belo durante o programa exemplificou como, mesmo temas antes delicados, podem ser revisitados com leveza quando superados: “Ele falou: ‘Agora você vai pagar o que fez comigo lá atrás’. Eu falei: ‘Cara, eu demorei 20 anos pra pagar o Denílson. Vou pagar você agora?’”.
