Na quarta-feira (18), Maya Massafera revelou ao público o resultado de um dos procedimentos mais polêmicos de sua trajetória: a mudança definitiva da cor dos olhos. A influenciadora de 44 anos desembolsou cerca de R$ 45 mil para realizar, em uma clínica na França, a cirurgia conhecida como ceratopigmentação.
O procedimento, que insere pigmentos na córnea por meio de microagulhas ou laser, é considerado de alto risco e proibido para fins estéticos no Brasil.
“Escolhi um verde, que é muito parecido com azul. Dependendo do dia, fica verde ou azul”, explicou Maya, acrescentando que, inicialmente, o tom fica mais intenso e clareia ao longo dos meses. A influenciadora afirmou que o novo visual está diretamente ligado à sua identidade de gênero.
“Mudar a cor do meu olho, eu acho que deixa o meu rosto mais feminino”, declarou.
Apesar da satisfação pessoal, especialistas apontam que a ceratopigmentação pode causar complicações severas. Conforme alertou o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os riscos vão de inflamações e aumento da pressão intraocular até perda permanente da visão. Além disso, os pacientes podem sofrer com dor, ardência e fotofobia constante.
Feminização facial: impacto visual e financeiro
Antes da intervenção nos olhos, Maya já havia passado por uma série de procedimentos estéticos voltados à feminização facial, iniciados cerca de um ano antes. Esse processo incluiu cirurgias como frontoplastia, mentoplastia, rinoplastia, além de preenchimentos faciais e aplicação de toxina botulínica.
Estima-se que esse conjunto de intervenções tenha custado entre R$ 40 mil e R$ 80 mil, dependendo da técnica e dos produtos utilizados.
O cirurgião plástico Nívio Moreira explicou que tais procedimentos visam suavizar traços considerados masculinos, como mandíbula e queixo quadrados, além de ressaltar áreas mais proeminentes nas mulheres, como maçãs do rosto.
“Maya Massafera passou por procedimentos de feminização facial que envolveram a frontoplastia, o afinamento da face, a mentoplastia e os preenchimentos. O resultado é inegável: está muito feminina e delicada”, avaliou o médico.
Ainda assim, a médica Fernanda Nichelle alertou sobre riscos associados ao uso de preenchimentos, como a possibilidade de cegueira temporária caso o ácido hialurônico seja aplicado incorretamente em vasos sanguíneos.
Balanço estético e financeiro
Somando os custos com a feminização facial (de até R$ 80 mil) e a cirurgia oftalmológica na França (R$ 45 mil), Maya Massafera já investiu, ao menos, cerca de R$ 125 mil em intervenções para alinhar sua imagem à identidade de gênero.
As mudanças foram amplamente registradas nas redes sociais e celebradas por parte do público, embora também tenham gerado críticas quanto à exposição dos riscos e à promoção de procedimentos não regulamentados no Brasil.
Aliás, a própria Maya comentou sobre o impacto emocional dessas escolhas: “Cada um tem uma opinião, mas eu amei. Vai ficar assim pra sempre”. A decisão, segundo ela, reflete um processo pessoal de afirmação e autoconfiança.
Procedimentos proibidos e repercussão
A cirurgia ocular, feita fora do país, reacendeu o debate sobre a regulamentação de procedimentos invasivos com fins estéticos. Conforme estabelecido pela Anvisa, intervenções como a ceratopigmentação não são permitidas no Brasil justamente pelos riscos à saúde ocular e às dificuldades que impõem para futuros diagnósticos, como mapeamentos de retina e cirurgia de catarata.
O episódio mais recente do “Reality da Maya”, publicado nas redes sociais, documentou cada etapa do processo, desde os exames até a escolha da cor dos olhos. “Dependendo do dia, fica verde ou azul”, repetiu Maya, enquanto pedia ao profissional responsável que reforçasse o pigmento.
