Com enorme repercussão entre os ouvintes da rádio, a personagem Dita, interpretada por Jeniffer Nascimento em Êta Mundo Melhor!, atingiu um ponto decisivo em sua trajetória. A personagem, que se tornou uma das vozes mais queridas do público, viu sua popularidade crescer de forma acelerada ao receber uma avalanche de cartas de admiradores elogiando seu talento e carisma.
O reconhecimento espontâneo fez com que Tales (Duio Botta), encantado com a repercussão, parabenizasse a cantora. “Parabéns, Dita! Você é sucesso com o público! Em pouquíssimo tempo já se tornou recordista de cartas”, celebrou o radialista. Dita, visivelmente emocionada, reagiu com espanto: “Num consigo nem acreditá nisso, seu Tales!”.
Diante do impacto gerado por sua presença no programa, Lúcio (Tony Tornado) sugeriu que ela passasse a cantar diariamente. A proposta foi recebida com entusiasmo por Dita, que, esperançosa, acreditou que seu salário acompanharia o novo volume de trabalho. Entretanto, a expectativa foi frustrada ao receber a negativa de Tales sobre qualquer reajuste financeiro. “Quanto a isso, receio que não. Seu Lúcio não autorizou o aumento”, esclareceu ele.
A resposta negativa provocou indignação na cantora, que, sem hesitar, estabeleceu sua condição: “Intão ele qué que eu trabaie di graça… Desse jeito num quero, não”, afirmou de forma contundente. Sua recusa em aceitar a proposta sem o devido reconhecimento financeiro resultou em sua dispensa imediata da rádio por Tales, que não conseguiu reverter a situação.
Mesmo abalada com a decisão, Dita se manteve firme em sua postura e não cedeu diante da pressão. A atitude demonstrou não apenas sua dignidade, mas também uma consciência clara do valor de seu trabalho, ainda que sua origem simples pudesse sugerir o contrário.
A sequência marca um dos momentos mais emotivos da novela, revelando uma personagem que, apesar das adversidades, não abre mão de respeito e valorização profissional. A dispensa, embora inesperada, reforça a força de Dita diante da injustiça e sua disposição em não se deixar explorar, ainda que isso implique abrir mão de uma oportunidade promissora.
A trama segue com desdobramentos promissores após esse embate, que evidencia os desafios enfrentados por artistas em busca de reconhecimento digno e coerente com sua entrega. A história de Dita, além de emocionar, provoca reflexões sobre relações de trabalho e valorização no ambiente artístico.