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Eliana, Babu Santana, DG e mais: famosos que se mobilizaram no caso da brasileira desaparecida em vulcão na Indonésia

A comoção envolvendo Juliana Marins ganhou enorme repercussão a partir de mobilizações nas redes sociais. A publicitária carioca, de 26 anos, foi localizada nesta segunda-feira (23) em um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, após despencar cerca de 500 metros durante uma trilha.

Diante da gravidade do caso e da lentidão nas ações de resgate, diversas celebridades brasileiras usaram suas plataformas digitais para pressionar as autoridades e divulgar informações atualizadas.

O cantor Felipe Neto foi um dos primeiros a se manifestar. “O caso de Juliana Marins precisa de visibilidade. É inaceitável o nível de abandono relatado pela família”, escreveu no X. Posteriormente, nomes como Bruna Marquezine, Ludmilla, Giovanna Ewbank e o surfista Pedro Scooby também se engajaram, com mensagens cobrando celeridade nas buscas e compartilhando o perfil @resgatejulianamarins no Instagram.

Conforme relatos da irmã da vítima, Mariana Marins, houve desinformação por parte das autoridades locais. “Eles divulgaram que levaram comida e água. Isso não aconteceu”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Ela ainda pontuou que Juliana está sem qualquer tipo de mantimento ou agasalho desde sábado (21), quando desapareceu por volta das 17h10 (horário local).

Desafios da operação de resgate

A localização da brasileira foi confirmada por meio de um drone com sensor térmico na madrugada de domingo (22), no horário de Brasília. Juliana foi encontrada visualmente imóvel, presa a uma saliência rochosa na área conhecida como Cemara Nunggal, em um ponto de difícil acesso na encosta do Monte Rinjani.

Equipes de resgate tentam acessar o local, mas enfrentam dificuldades geográficas e meteorológicas. A região é caracterizada por terreno instável, pedras escorregadias e neblina intensa, o que compromete a segurança das operações. A força-tarefa identificou saliências rochosas que impedem a instalação de cordas e ancoragens.

O uso de helicóptero chegou a ser cogitado pelas autoridades indonésias, considerando o chamado “período dourado” de 72 horas para resgates em ambientes selvagens. No entanto, as rápidas mudanças climáticas e a ausência de uma aeronave com especificações adequadas adiaram essa alternativa.

Apoio diplomático e críticas à conduta local

A embaixada do Brasil em Jacarta foi acionada pela família da turista logo após o acidente. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, entrou em contato direto com o governo indonésio a fim de solicitar reforços. Segundo comunicado oficial, dois representantes diplomáticos se deslocaram até a ilha de Lombok para acompanhar os esforços in loco.

Além disso, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou mensagem em sua conta oficial relatando que acompanha o caso de perto e que mantém contato direto com o chanceler brasileiro para garantir todas as medidas possíveis em prol da brasileira.

A família também denunciou falhas no atendimento da empresa Ryan Tour, responsável por organizar a trilha. Segundo Mariana, Juliana ficou para trás após informar ao guia que estava cansada. “Ela foi abandonada”, afirmou em entrevista. O grupo era composto por cinco turistas e um condutor local.


Contexto da tragédia e expectativas

Juliana Marins viajava pela Ásia desde fevereiro, com passagens por Tailândia, Vietnã e Filipinas. Ela iniciou a trilha no Monte Rinjani na sexta-feira (20), em um trajeto de três dias até o topo do segundo vulcão mais alto da Indonésia, com 3.726 metros de altitude. O parque recomenda que a escalada seja feita com guias certificados e destaca o histórico de acidentes graves na região.

Até o momento desta segunda-feira (23), as equipes permanecem em campo avaliando novas estratégias para descer até a vítima. Mariana Marins reforçou o apelo por celeridade: “Tudo o que a Juliana precisa é de velocidade. Tudo o que ela não tem agora é tempo”.