A Justiça concedeu a guarda provisória de Léo a Murilo Huff após audiência realizada na segunda-feira (30), em Goiânia. A medida foi tomada após o cantor alegar negligência nos cuidados com a saúde do filho por parte da avó materna, Ruth Moreira. O menino, que completou cinco anos, vive com diabetes tipo 1 desde 2022.
De acordo com o colunista Leo Dias, a situação se agravou quando a criança precisou de atendimento médico após passar mal, o que motivou o pedido formal de guarda por parte do pai.
O caso ganhou força com os depoimentos de duas babás que, segundo o “Fofocalizando” (SBT), respaldaram a versão apresentada pelo sertanejo. Uma terceira profissional, contudo, prestou testemunho favorável à avó.
Conforme determina a Justiça, a residência considerada como referência para Léo agora é a do pai, onde ele já se encontrava antes da audiência. A avó, apesar disso, segue como responsável financeira pelo neto.
Estado de saúde e uso de tecnologia
Diagnosticado três meses após o falecimento da mãe, Léo convive com uma condição autoimune que afeta a produção de insulina pelo pâncreas. Desde então, ele passou a utilizar um sensor contínuo de glicose (CGM) para controlar a doença.
O dispositivo é aplicado na parte superior do braço e realiza leituras automáticas da taxa de açúcar no sangue a cada 15 minutos. Os dados podem ser acessados por aplicativo ou aparelho dedicado, o que permite respostas rápidas em caso de alterações bruscas.
Impactos na rotina familiar
O diagnóstico alterou profundamente a rotina da família, exigindo cuidados constantes e estrutura preparada. Murilo afirmou em entrevista: “Diabetes é uma doença que todos os dias a gente mata um leão, sabe? A gente convive diariamente com a dificuldade de estar controlando a glicemia dele. Mas a gente faz isso da melhor maneira”.
Além do controle médico, Léo conta com suporte psicológico, nutricional e acompanhamento escolar. A instituição de ensino foi instruída a reconhecer sinais de hipoglicemia e aplicar os protocolos corretos. A tecnologia, aliás, permitiu um salto de qualidade no tratamento, reduzindo riscos de crises severas e garantindo maior autonomia à criança.
Acesso à saúde e desigualdade
No Brasil, o acesso ao CGM ainda não é universal. Embora alguns estados já disponibilizem o sensor por meio do SUS, a fila de espera e a burocracia seguem como obstáculos. Organizações não governamentais, como a ADJ Diabetes Brasil, atuam para reduzir a desigualdade e oferecer apoio às famílias que enfrentam o mesmo desafio.