Lore Improta, dançarina, relatou mudanças no relacionamento com o cantor Léo Santana após o nascimento da filha Liz, de três anos. Segundo ela, o casal mantém o cuidado diário com a relação, mesmo com a rotina intensa. A declaração motivou a sexóloga Bárbara Bastos a analisar a dinâmica conjugal diante da maternidade e paternidade.
“Viver o casamento com presença e troca, não é só cuidar da relação, mas sim da família. Antes de sermos mãe e pai, existe nós dois. O amor é uma plantinha, que precisa ser regada todos os dias.”
De acordo com Bárbara, o período anterior à chegada dos filhos é marcado por maior liberdade e disposição. Entretanto, quando nasce o primeiro bebê, o casal assume novas responsabilidades que alteram energia, sono e tempo livre. A profissional destacou que essas mudanças não são negativas, mas exigem adaptação e comunicação.
“Porque, antes de ter filhos, o tempo que vocês têm é só de vocês — do casal e também individualmente. Existe mais liberdade, mais disposição. Agora, quando os filhos chegam, especialmente o primeiro, passa a existir um ser que depende cem por cento dos pais para tudo: comer, dormir, ser acolhido… enfim, para sobreviver.”
A especialista alertou que a falta de diálogo e a distância emocional podem prejudicar a vida sexual e afetiva. O cansaço e o estresse, segundo ela, tendem a tornar a comunicação mais ríspida e menos acolhedora. Além disso, lembrou que o desejo sexual depende de energia, tempo e conexão, fatores que podem estar comprometidos, sobretudo no caso das mulheres no pós-parto, quando os hormônios priorizam o cuidado com o bebê.
“Além da sexualidade, outras áreas da relação podem ser afetadas: o carinho, o toque, o olho no olho. Tudo isso pode se perder aos poucos, pelas mesmas razões que mencionei lá no início — cansaço, acúmulo de tarefas, sobrecarga física e emocional.”
Bárbara também observou que, em muitos casos, o casal passa a funcionar como uma “empresa familiar”, priorizando tarefas domésticas e a criação dos filhos em detrimento dos momentos a dois. Ela ressaltou que isso afeta não apenas a relação, mas a segurança emocional das crianças e a forma como elas compreenderão o amor no futuro.
Para minimizar esses impactos, a sexóloga defende que o casal alinhe expectativas antes da chegada dos filhos, estabeleça rotinas para as crianças e reserve tempo exclusivo para si. Segundo ela, ajustes são necessários ao longo do tempo, pois as soluções que funcionam em determinado momento podem não ser eficazes depois.
“Então, o mais importante é: tenham paciência, deem tempo ao tempo, e lembrem-se de que cuidar da relação de vocês é, sim, cuidar da família.”
