quinta-feira, junho 19, 2025
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Giovanna Antonelli sofre investigação por dois possíveis crimes

A atriz Giovanna Antonelli passou a ser alvo de duas investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que apuram possíveis irregularidades em sua ligação com a franquia Giolaser, voltada para tratamentos estéticos e depilação. As denúncias envolvem propaganda enganosa e suposta prática de pirâmide financeira. A atriz deixou a sociedade do Grupo Salus, responsável pela Giolaser, após o MPSP acatar a primeira denúncia ainda no final de 2024.

Conforme apontado no inquérito cível, a franqueadora teria feito promessas comerciais inviáveis, como projeções de faturamento que não se concretizaram. O processo inclui pedido de indenização de R$ 2,2 milhões. O caso ganhou novos contornos com a abertura de um inquérito criminal no dia 3 de junho, com denúncias de concorrência desleal, falsidade ideológica, manipulação de documentos contábeis e crimes contra a economia popular.

A representação criminal foi assinada por 46 franqueados e ex-franqueados que relatam prejuízos graves, inclusive falência. “Apesar de propagar um faturamento bilionário e vender um modelo supostamente lucrativo, a realidade mostrou um quadro de insolvência”, afirma o texto. Segundo os denunciantes, existem quase mil processos contra a rede, reflexo do modelo comercial adotado.

Os documentos entregues ao MPSP também apontam omissão no contrato sobre o vínculo da Giolaser com o Grupo Salus. Ainda segundo as denúncias, os valores reais de investimento ultrapassavam em mais de 200% os informados na Circular de Oferta de Franquia (COF). Os gastos, como mobiliário e equipamentos, eram adquiridos da própria franqueadora, o que gerava dependência financeira.

A equipe jurídica de Giovanna Antonelli declarou que a atriz é vítima de litigância predatória. Em nota, a defesa afirmou que “não houve participação de Giovanna nos contratos com franqueados” e que “ela apenas cedeu sua imagem e possuía participação minoritária”. A responsabilidade pelas práticas denunciadas, segundo a defesa, recai exclusivamente sobre o Grupo Salus.

Até a publicação da reportagem, o Grupo Salus não havia se manifestado. De acordo com o último balanço, o conglomerado opera 863 franquias, incluindo marcas como Sorridents, Olhar Certo e Amo Vacinas. Em 2023, o grupo reportou faturamento de R$ 1 bilhão.