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Infecção severa: entenda a situação de Anitta

A cantora Anitta precisou cancelar sua apresentação no São João de Campina Grande, na Paraíba, marcada para quarta-feira (18 de junho), após receber o diagnóstico de uma infecção bacteriana severa. A condição exigiu o início imediato de um tratamento com antibióticos intravenosos e repouso absoluto, conforme divulgado por sua equipe médica.

Aliás, esta foi a segunda vez em 2025 que a artista cancelou uma apresentação por questões de saúde. Anteriormente, Anitta já havia se ausentado do festival Coachella, nos Estados Unidos, também por orientação médica. “Tem sido um ano desafiador pra mim nesse sentido, dos compromissos, de alguns cancelamentos”, afirmou a cantora em suas redes sociais.

Entenda a gravidade da infecção

Infecções bacterianas severas ocorrem quando microrganismos patogênicos se proliferam de forma intensa no organismo, provocando inflamações significativas. Segundo especialistas, esse tipo de infecção pode atingir áreas críticas do corpo, como pulmões, trato urinário, rins, sistema gastrointestinal, gengivas e até a pele.

Jean Gorinchteyn, infectologista, explicou que essas infecções têm alto potencial de espalhamento e podem resultar em sepse — condição que leva à falência de órgãos. “A rapidez de evolução e a resposta inflamatória exacerbada do organismo aumentam o risco de complicações graves”, alertou o especialista.

Sintomas e riscos

Os principais sinais de alerta em casos graves incluem febre alta persistente, taquicardia, sonolência excessiva, confusão mental, desorientação, alterações de cor nas extremidades e dificuldade para respirar. Conforme apontado, esses sintomas exigem atenção médica imediata, principalmente nas primeiras 48 a 72 horas, período considerado crítico.

Grupos com maior vulnerabilidade são aqueles com sistema imunológico comprometido, como idosos, bebês, gestantes e pessoas em tratamento com imunossupressores ou portadoras de doenças autoimunes. Nessas situações, o corpo pode reagir de forma desproporcional à infecção, agravando o quadro clínico.

Tratamento e cuidados

O uso de antibióticos na veia é comum em casos severos, pois permite que altas concentrações do medicamento ajam de forma rápida no organismo. O ciclo de tratamento costuma durar entre 7 e 10 dias, podendo se estender até 14 dias, a depender da resposta do paciente. Em casos mais delicados, o suporte médico pode ocorrer em ambiente hospitalar ou sob regime de home care.

Para escolher o antibiótico adequado, os profissionais de saúde recorrem a exames laboratoriais, como culturas de sangue e urina, que ajudam a identificar o tipo específico da bactéria. Importante destacar que esses medicamentos não têm efeito sobre infecções virais, como gripes ou resfriados.

Prioridade é a recuperação

A equipe da artista não informou se ela está internada ou sendo acompanhada em casa. Contudo, reforçou que, neste momento, a principal prioridade é garantir a plena recuperação de sua saúde. Afinal, o tratamento adequado e iniciado a tempo é essencial para evitar complicações como choque séptico, meningite ou insuficiência renal.