Em sua coluna publicada na terça-feira (04), Milton Neves afirma sem rodeios: “O Corinthians está em guerra!” A crise política que se arrasta nos bastidores atingiu tal grau que se tornou assunto de polícia. O colunista do UOL lembra que Augusto Melo foi afastado da presidência, abrindo caminho para Osmar Stabile assumir uma das gestões mais problemáticas da história recente do clube.
A situação crítica motivou torcedores organizados a fecharem a sede social em forma de protesto. Conforme o texto, a revolta não se limitou a palavras: “Foi uma pressão pesada!”, escreveu Neves. Entretanto, o comentarista alerta que o rival alvinegro da Baixada Santista também vive dias sombrios.
Santos afundado em dívidas e ameaçado pela Série B
Segundo Milton, o Santos enfrenta “a maior crise de sua centenária história”. Recém-promovido à elite, o clube corre o risco de retornar à segunda divisão ainda neste ano. A dívida com Neymar, a quem deve pagamentos até o fim de 2026, é apenas um dos entraves financeiros. “Só a dívida com ele já seria um problemão. Mas o buraco é mais embaixo…”, descreve o jornalista.
O passivo do Peixe gira em torno de R$ 500 milhões, enquanto o Corinthians ultrapassa os R$ 2,5 bilhões. Para Neves, o clube da Vila Belmiro tem menos torcida, apelo comercial e estrutura de recuperação. Por isso, define o cenário santista como ainda mais grave que o do time da capital.
Comparações, ironias e o exemplo alviverde
Ao traçar um paralelo entre as gestões, o colunista pondera: “O Corinthians, por pior que esteja administrado, ainda é uma máquina de gerar receita”. Já o Santos, com elenco modesto e distante dos centros financeiros, depende de um “milagre”. O contraste se acentua com a menção ao Palmeiras, classificado como “organizado, campeão e com as contas no azul”.
Milton reforça que a reconstrução de ambos os clubes requer um dirigente com competência semelhante à de Paulo Nobre. “O torcedor palmeirense deveria acender uma vela por dia para o São Paulo Nobre”, sugere o jornalista, em tom de crítica aos dirigentes dos rivais.
Conclusão com pessimismo declarado
A análise de Milton Neves termina com uma conclusão contundente: “Hoje, só um milagre salva Corinthians e Santos. E talvez nem isso resolva…”. O colunista não poupa ninguém e expõe com clareza os riscos de ruína institucional que rondam dois dos maiores clubes do estado de São Paulo.