Mesmo com retorno satisfatório no campo comercial, a primeira temporada do Estrela da Casa enfrentou dificuldades significativas para conquistar o público. Exibido em 2024, o reality musical não apenas amargou índices de audiência abaixo das expectativas como também falhou em transformar seu campeão, o cantor sertanejo Lucca, em um sucesso midiático, contrariando o objetivo principal do formato.
Diante desse cenário, a Globo decidiu reestruturar completamente o programa, que retorna à grade dia 25 de agosto, logo após a novela Vale Tudo. A nova fase, conforme determinação interna da emissora, não deve remeter em nada ao formato original, com exceção da permanência de Ana Clara Lima como apresentadora.
Nova dinâmica e reforço estratégico com Michel Teló
Para tentar reverter o quadro, a emissora escalou Michel Teló em uma função inédita: mentor dos participantes. Com histórico vitorioso no The Voice Brasil, onde saiu campeão sete vezes, o cantor terá papel ativo no desenvolvimento artístico dos concorrentes, orientando-os em sua jornada musical.
Além disso, o programa contará com um palco fixo nos Estúdios Globo, onde os confinados apresentarão semanalmente músicas autorais em formato de festival, diante de plateia, luzes e cenografia especial. O público acompanhará o reality em tempo real, podendo interferir diretamente nos rumos da competição por meio de votação popular.
Estrutura do formato e premiação robusta
O Estrela da Casa mistura confinamento e competição musical, e aposta em diversidade de estilos como samba, forró, MPB, sertanejo e pop. O programa, multiplataforma, será transmitido ao vivo com cobertura em diversas telas, o que amplia o alcance da audiência e o engajamento digital.
A nova temporada terá 14 participantes, todos se apresentando semanalmente, e o vencedor receberá prêmios que incluem apoio em turnê internacional, gestão de carreira e um valor inicial de R$ 500 mil.
Motivações comerciais e cenário competitivo
Ainda que o primeiro ciclo do reality não tenha cumprido seu propósito principal, a Globo optou por mantê-lo na grade em razão da aceitação no mercado publicitário. Por ser uma criação original da emissora, não há necessidade de pagamento de royalties, como ocorre com o Big Brother Brasil, que pertence à Endemol Shine.
Entretanto, a segunda temporada chega cercada de pressão. A emissora sabe que, mesmo com apelo comercial, o Estrela da Casa precisa justificar seu espaço com audiência e relevância artística. Caso contrário, corre risco de ser descontinuado.
Apresentação segue nas mãos de Ana Clara Lima
Figura já consolidada no comando de realities, Ana Clara foi mantida à frente do projeto. A ex-BBB, que alcançou o terceiro lugar no BBB 18, tem histórico extenso como apresentadora de programas ligados ao gênero. Entre os destaques de sua trajetória estão o Túnel do Amor, Panela Quente, Plantão BBB, Mesacast, A Eliminação e o Big Show.
Aliás, sua experiência como entrevistadora e presença em multiplataformas tem sido valorizada pela Globo, que aposta na conexão dela com o público jovem e com as redes sociais para ajudar a dar fôlego à reformulação do reality musical.
Citação
De acordo com o colunista Flávio Ricco, citado nas apurações dos portais Notícias da TV e IG, “a ordem dentro da emissora é que a nova fase da atração não lembre em nada a edição anterior”.