Revelado pelas categorias de base, Lamine Yamal tornou-se oficialmente o novo camisa 10 do Barcelona. A mudança ocorreu na semana em que o atacante completou 18 anos e renovou seu vínculo com o clube até 2031. Antes disso, o jogador atuava com o número 19, mesma numeração usada por Lionel Messi antes de assumir o tradicional número que ficou marcado na história da equipe catalã.
A diretoria entendeu o gesto como símbolo de confiança. Afinal, a camisa agora pertence ao atleta mais jovem da atual geração do elenco. Yamal expressou seu sentimento ao receber a nova numeração:
“Minha família e eu estamos muito felizes. O Barça é minha vida, é minha casa. Para todas as crianças da La Masía, chegar ao time principal é um sonho, e estou realizando. Espero vencer, aproveitar e continuar vencendo porque sou jovem”.
Contrato milionário e papel central no clube
Além da nova camisa, o atacante acertou um contrato com condições inéditas para sua idade. Conforme informou o site “The Athletic”, ele passou a receber o maior salário do elenco. O valor pode chegar a 40 milhões de euros por temporada — cerca de R$ 255 milhões — se metas contratuais forem atingidas. O montante representa dez vezes mais do que os ganhos no acordo anterior.
No novo vínculo, válido até 2031, Yamal também solicitou mais protagonismo nas cobranças de faltas e pênaltis, evidenciando o seu desejo de participar de momentos decisivos e se posicionar como referência técnica no elenco principal.
Histórico recente da camisa 10
O número 10 carrega tradição no Barcelona. Lionel Messi, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Romário e Diego Maradona foram alguns dos nomes que vestiram a camisa em diferentes eras. Nos últimos anos, após a saída do argentino, Ansu Fati ficou responsável pelo número.
No entanto, enfrentou lesões e não conseguiu manter regularidade, sendo posteriormente emprestado ao Monaco.
Outros nomes também passaram pela posição sem corresponder às expectativas. Juan Román Riquelme teve breve passagem sob desconfiança do técnico Van Gaal. Jari Litmanen e Ángel Cuéllar sofreram com lesões, enquanto Richard Witschge teve desempenho apagado mesmo integrado ao projeto de Johan Cruyff.
Caminho de lendas até Lamine
Entre os que marcaram época com a mesma numeração, Ronaldinho conquistou duas edições de LaLiga e uma Champions League, além de um título de melhor jogador do mundo. Rivaldo brilhou com gols memoráveis, incluindo um hat-trick decisivo diante do Valencia.
Romário fez história no Dream Team de Cruyff, liderando a artilharia nacional em 1993/94. Já Maradona, apesar da curta passagem, foi o primeiro “10” midiático do clube espanhol.
Por fim, Messi transformou a camisa em símbolo global. Foram 10 conquistas da liga espanhola, 4 títulos continentais, 6 prêmios de melhor do mundo e mais de 670 gols com a camisa azul-grená. Um legado inquestionável que torna ainda mais simbólica a nova etapa para Yamal.
Estatísticas expressivas e projeção atual
O jovem já ultrapassou 115 partidas como profissional, com 25 gols e 34 assistências. Na última temporada, destacou-se tanto pelo Barcelona quanto na Eurocopa com a seleção da Espanha. No momento, figura entre os três principais nomes cotados à Bola de Ouro 2025, segundo levantamento da OddsChecker, ao lado de Dembélé e Vitinha.
