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Conmebol emite nota oficial após cancelar partida

Entidade promete punições severas depois da violência em Independiente x Universidad de Chile pela Sul-Americana

A noite que deveria ser marcada por futebol em Avellaneda terminou em violência e caos. O duelo entre Independiente e Universidad de Chile, válido pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, foi interrompido ainda no primeiro tempo e cancelado em definitivo. 

O que se viu nas arquibancadas do Estádio Libertadores de América extrapolou qualquer rivalidade esportiva e colocou em risco a vida de centenas de torcedores.

Confronto nas arquibancadas muda o rumo do jogo

A bola rolava normalmente após o empate de Montiel para o Independiente quando uma confusão tomou conta do setor destinado à torcida visitante. Vídeos mostram cadeiras destruídas, barras de ferro e pedras sendo arremessadas. 

Além disso, áreas internas como banheiros ficaram totalmente danificadas. A imprensa argentina relata que torcedores locais invadiram o espaço chileno, em cenas de extrema violência que nem seguranças nem policiais conseguiram conter.

Feridos, detenções e clima de insegurança

As autoridades confirmaram que centenas de pessoas foram detidas e várias hospitalizadas, inclusive em estado grave. A Universidad de Chile informou que 12 torcedores ficaram feridos, sendo quatro ainda internados, um deles em UTI. 

Cabe ressaltar que a equipe chilena classificou os episódios como “brutais” e afirmou que está prestando todo o suporte necessário às vítimas.

Reações oficiais expõem gravidade da situação

O Independiente divulgou nota assegurando que ativou seus protocolos de segurança e segue colaborando com a investigação. Já a Conmebol foi enfática: 

“A Confederação expressa seu repúdio e condena firmemente os atos de violência registrados dentro e fora do estádio”. 

Sendo assim, a entidade anunciou que encaminhará o caso à sua Comissão Disciplinar para aplicar sanções.

Repercussão internacional pressiona por mudanças

O episódio ultrapassou fronteiras. Gianni Infantino, presidente da FIFA, declarou que “a violência não tem lugar no futebol”. O presidente do Chile, Gabriel Boric, classificou as agressões como “linchamento” e determinou que membros de seu governo acompanhem de perto os feridos e os detidos em Buenos Aires. 

Vale destacar que, de acordo com o regulamento da Conmebol, o clube mandante é responsável pela segurança. Portanto, punições como portões fechados, interdição do estádio ou até desclassificação não estão descartadas.

Com isso, o futuro do confronto ainda é incerto. Por isso, um novo jogo entre Independiente e Universidad de Chile não tem data definida, enquanto cresce a pressão para que episódios dessa natureza jamais se repitam no futebol sul-americano.