O novo formato do Mundial de Clubes da Fifa, que se estende até meados de julho, vem sendo alvo de críticas contundentes por parte do jornalista Ivan Moré, ex-apresentador do Globo Esporte. O profissional usou suas redes sociais para manifestar insatisfação com diversos aspectos do torneio, o que acabou provocando forte reação entre torcedores de clubes brasileiros participantes, como Flamengo e Palmeiras.
A principal queixa de Moré recai sobre o momento em que a competição é realizada. Para ele, o evento ocorre em um período crítico para os clubes, sobretudo os europeus, que estão em fase de pré-temporada ou férias. “Os caras já enfrentaram uma temporada exaustiva e a Fifa vai lá e mete um torneio gigante no calendário. Isso aumenta o risco de lesão, desgaste físico, desgaste mental”, afirmou. Em tom incisivo, o jornalista questionou a lógica por trás da realização do torneio, levantando preocupações sobre o bem-estar dos jogadores em detrimento de interesses comerciais.
Entretanto, não foi apenas o calendário que motivou as críticas. A disparidade técnica entre os clubes envolvidos também foi abordada. Moré citou como exemplo a goleada do Bayern de Munique por 10 a 0 sobre o Auckland City, chamando o torneio de “fake e comprometido”. Segundo ele, “um time de estrelas contra um time de semiprofissionais” torna o evento artificial e desinteressante. Ele também apontou a baixa procura por ingressos como um indicativo de que o público não estaria engajado. “Está funcionando? Não está. Não está vendendo ingresso”, completou.
A reação nas redes sociais foi imediata e intensa. Muitos torcedores rebateram a fala do jornalista, acusando-o de estar motivado pela ausência do Corinthians — seu clube do coração — na competição. Comentários críticos chamaram a atenção para a empolgação da torcida com vitórias expressivas de clubes brasileiros, como Botafogo e Flamengo, contra potências europeias, o que, segundo eles, contradiz a ideia de falta de interesse no torneio.
Aliás, vale lembrar que o formato atual da competição foi considerado inédito pela Fifa, com o mata-mata programado para iniciar na próxima sexta-feira (28 de junho) e a grande final prevista para sábado (13 de julho), sempre no horário de Brasília. A cobertura jornalística do torneio inclui profissionais destacados nos Estados Unidos para acompanhar os clubes brasileiros.
Portanto, enquanto a Fifa busca consolidar o novo modelo do Mundial de Clubes, a recepção do público e da crítica especializada ainda se mostra dividida. De um lado, torcedores demonstram entusiasmo com a chance de ver confrontos entre equipes de diferentes continentes. De outro, vozes como a de Ivan Moré expressam descontentamento com os efeitos colaterais da realização do torneio.