Faltando dois anos para o início da Copa do Mundo Feminina de 2027, a preparação para o torneio começa a mobilizar o país e o futebol mundial. Pela primeira vez na história, a principal competição da modalidade será realizada em solo sul-americano. O Brasil será sede da décima edição do campeonato, entre os dias 24 de junho e 25 de julho, com jogos em oito capitais e em estádios de grande relevância nacional.
A confirmação da sede ocorreu em maio de 2024, após votação realizada durante o Congresso da FIFA em Bangcoc, na Tailândia. O Brasil superou a candidatura conjunta de Bélgica, Países Baixos e Alemanha, com 119 votos contra 78. A decisão foi recebida com entusiasmo pela delegação brasileira e marca uma nova fase para o futebol feminino, que segue ganhando visibilidade e estrutura em escala global.

Para Marta, a realização do torneio representa um avanço expressivo. “A Copa do Mundo de 2027 da FIFA no Brasil representa um sonho”, afirmou a camisa 10 da Seleção Brasileira. Ela enfatizou que sediar o torneio é também uma forma de homenagear as atletas pioneiras que lutaram pelo reconhecimento do futebol feminino. Aliás, segundo a jogadora, o mais relevante é garantir que o campeonato deixe um impacto positivo duradouro. “O mais importante para a gente é que realmente a gente possa deixar um legado muito especial, para que o futebol feminino só venha a crescer mais e mais”, completou.
A Fifa, por sua vez, iniciou oficialmente a contagem regressiva para o evento. Em suas redes sociais, a entidade publicou a mensagem “Faltam dois anos”, destacando a expectativa global em torno da competição. A escolha do Brasil foi impulsionada pelo sucesso da edição de 2023, na Austrália e Nova Zelândia, que arrecadou um recorde de US$ 570 milhões em receitas comerciais. Conforme ressaltado pela entidade, o próximo passo é consolidar ainda mais a expansão do torneio em regiões com histórico de pouca representatividade.
As partidas do Mundial de 2027 serão disputadas em Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Fortaleza (Arena Castelão), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena Pernambuco), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Neo Química Arena). A estrutura das cidades-sede é considerada um diferencial importante na escolha brasileira, porquanto permite uma ampla cobertura territorial e contato direto com diferentes públicos.
Marta, que soma cinco participações em Copas do Mundo e é a maior artilheira da Seleção Brasileira com 122 gols, evita falar sobre aposentadoria. Atualmente convocada para a Copa América Feminina de 2025, a jogadora segue envolvida com o planejamento da seleção e mostra-se confiante na nova fase do futebol nacional. “Hoje a gente vê uma geração muito forte”, disse ela, ao destacar o papel das lideranças atuais no fomento à modalidade.
Assim sendo, a expectativa em torno da Copa do Mundo Feminina de 2027 é grande, não apenas por seu ineditismo no continente sul-americano, mas porque simboliza um passo relevante para o fortalecimento do esporte. Conforme apontado por Marta, a realização do torneio no Brasil tem o potencial de transformar a percepção da modalidade e ampliar o engajamento dos torcedores em todo o país.