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Atlético-MG é acionado na Justiça por conta de Hulk

Clube enfrenta nova ação judicial por dívida com agente de Hulk e perde Cuello por lesão às vésperas da Sul-Americana

Com o Atlético-MG em meio a um cenário financeiro delicado e enfrentando seguidas baixas no elenco, dois episódios recentes reforçam a fase conturbada vivida pelo clube. De um lado, o agente de Hulk iniciou um processo judicial por dívida de comissão. De outro, o atacante Tomás Cuello voltou a desfalcar a equipe por conta de nova lesão muscular.

Revelado em janeiro como reforço vindo do Athletico-PR, Cuello tem sido peça regular no time. Foram 26 partidas disputadas, sendo titular em 23 delas, além de ter contribuído com quatro gols e cinco assistências. Contudo, sua presença em campo vem sendo prejudicada por problemas físicos. Após se recuperar de lesão na coxa direita e iniciar a transição no dia 9 de julho, o jogador sentiu dores no treino da segunda-feira (14) e passou por exames que detectaram nova lesão, desta vez na coxa esquerda. A lesão não tem relação com a anterior.

Escudo do Atlético-MG
Escudo do Atlético-MG (Foto: Divulgação/ Atlético-MG)

A ausência de Cuello foi confirmada pelo clube na terça-feira (15). O argentino não viajou com o elenco para a Colômbia, onde o Atlético enfrenta o Bucaramanga, nesta quinta-feira (17), às 21h30 (horário de Brasília), pelo jogo de ida das oitavas de final da Sul-Americana. Outros nomes também estão fora do confronto: Júnior Santos, com quadro gripal, Cadu e Caio Maia, em recuperação de lesão, e Patrick, afastado por fratura por estresse na lombar.

Enquanto a equipe sofre com os desfalques, o extracampo também pressiona. Conforme revelado por Jorge Nicola, o empresário de Hulk, Nuno Ferreira, moveu ação contra o clube mineiro cobrando uma dívida de R$ 365 mil. O valor corresponde a parte da comissão pela intermediação da transferência do atacante para o Atlético-MG, feita em 2021. O contrato previa pagamento parcelado até 2024, mas, segundo Ferreira, o clube deixou de honrar os compromissos a partir de 2023.

O jornalista relatou ainda que o agente tentou diversas formas de negociação antes de judicializar a cobrança. Até o momento, o Atlético não foi notificado oficialmente do processo, mas isso deve ocorrer em breve. A situação evidencia problemas recorrentes de inadimplência com intermediários e jogadores, em um clube cuja dívida já ultrapassa R$ 1 bilhão.

“É dinheiro de pinga”, afirmou Jorge Nicola, ironizando o valor diante das receitas que o clube costuma movimentar com patrocínios e direitos de transmissão.

A situação financeira instável obrigou a diretoria a buscar novas fontes de receita. Embora parte dos salários atrasados tenha sido regularizada recentemente, a pressão judicial e os reflexos nos bastidores ampliam os desafios do planejamento atleticano para a temporada.