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Bilionário gringo: tudo o que sabemos sobre a venda da SAF do Atlético-MG

A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG vive um momento de forte reestruturação, marcado pela busca ativa por novos aportes financeiros. Controlada em 75% pela Galo Holding, a SAF do clube mineiro está em negociação para atrair investidores externos, medida considerada crucial para o equilíbrio das contas do clube, cuja dívida acumulada gira em torno de R$ 1,8 bilhão.

A atual composição societária da SAF tem participação da Associação Atlético-MG (25%) e, entre os donos da Holding, destacam-se os chamados “4R’s” — Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador — além do banqueiro Daniel Vorcaro, que realizou um investimento de R$ 200 milhões no fim de 2023. Com isso, o capital social da SAF chegou a R$ 1,422 bilhão.

Nesse contexto, a diretoria atleticana considera vender parte de sua participação a um novo investidor, movimento considerado prioritário pelos atuais acionistas. Rafael Menin, um dos representantes da Holding, afirmou em entrevista que o objetivo é captar um parceiro estratégico que possa, além de fortalecer financeiramente o clube, contribuir para o alívio das dívidas mais urgentes.

“Gostaríamos muito de ter um investidor que preencha todos os pré-requisitos e que possa trazer um capital adicional para, quem sabe, a gente ficar livre dessa parcela, que é a famosa dívida onerosa”, declarou Menin.

Conforme apuração de veículos especializados, Stan Kroenke, bilionário norte-americano proprietário do Arsenal (Inglaterra), do Denver Nuggets (NBA) e do Los Angeles Rams (NFL), desponta como possível interessado na aquisição de parte da SAF do Galo. Com uma fortuna avaliada em cerca de R$ 87,5 bilhões, Kroenke estaria de olho na expansão de seu portfólio esportivo na América do Sul, adotando modelo similar ao do City Football Group.

As conversas estariam sendo intermediadas por Daniel Vorcaro, atual acionista do Atlético-MG. Ainda não há valores confirmados, mas a presença de Kroenke na operação representaria um salto estratégico para o clube, que hoje ocupa a sétima posição no Campeonato Brasileiro e está classificado às oitavas da Copa Sul-Americana.

Entretanto, a possível entrada de um investidor estrangeiro surge em meio a um ambiente interno de pressão. Torcedores têm cobrado reforços e acusado os principais acionistas de retraírem os investimentos em comparação aos rivais nacionais. O técnico Cuca, por sua vez, reforçou essa demanda: “A diretoria está vendo as necessidades que a gente tem. Certamente vamos fortalecer o time para o segundo semestre”, disse o treinador, em tom de expectativa diante das movimentações em curso.