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Declaração de Everson direcionada a Rossi repercute após Atlético-MG x Flamengo

Goleiro do Atlético se destaca em disputas por pênaltis e atua nos bastidores para apaziguar crise financeira e institucional no clube.

Everson tem sido peça-chave nas decisões recentes do Atlético. Com defesas importantes e personalidade nas penalidades, o goleiro assumiu protagonismo em um período marcado por instabilidade nos bastidores. O desempenho do camisa 22 foi essencial nas classificações diante de Bucaramanga, pela Sul-Americana, e Flamengo, nas oitavas da Copa do Brasil.

A trajetória decisiva começou na semana anterior, quando o Atlético superou o Bucaramanga. Na ocasião, o time mineiro desperdiçou a primeira cobrança da disputa por pênaltis, mas Everson apareceu para defender na sequência e evitar que o adversário abrisse vantagem. Contra o Flamengo, o enredo se repetiu: nova defesa logo após erro inicial e pênalti decisivo convertido pelo próprio goleiro.

Rossi, goleiro do Flamengo
Rossi, goleiro do Flamengo (Foto: Adriano Fontes/Flamengo)

O confronto com o time carioca trouxe à tona uma lembrança marcante da campanha alvinegra na Libertadores de 2021. Naquela temporada, o Galo enfrentou o Boca Juniors nas oitavas de final e garantiu a classificação nos pênaltis. Assim como agora, Everson defendeu duas cobranças e marcou o gol decisivo diante de Rossi, então goleiro do clube argentino e atualmente no Flamengo.

— “Ele é um grande pegador de pênalti. A gente estava nessa briga mental. Ele foi o goleiro que bati o pênalti em 2021, na classificação diante do Boca. Aquele é o jogo mais importante meu com a camisa do Galo”.

— “Foi um momento difícil. Já tinha feito um gol nele. Então, vem o jogo mental, se ele vai fazer igual fez em 2021. Ele também, com toda certeza, viu que bati o pênalti da Sula. Naquele canto que acabei repetindo. E acabei podendo sair vencedor”.

O desempenho nas cobranças foi apenas uma das contribuições do goleiro durante a semana conturbada no clube. Além dos compromissos decisivos em campo, Everson também participou de negociações internas para resolver pendências administrativas. O Atlético enfrentava atrasos salariais e vivia o impasse jurídico envolvendo o atacante Rony.

— “Foram dias conturbados. Procurei ajudar o clube internamente. Sabíamos que era um momento delicado. Tivemos uma conversa com o Menin (dono da SAF) bem produtiva e resolvemos internamente. Como uma das lideranças, procurei ajudar para resolvermos essas pendências que, agora, estão resolvidas”.

Em meio à pressão, o goleiro reforçou seu papel de liderança. Embora as decisões tenham ocorrido sob tensão, o Atlético conseguiu avançar nas duas competições com Everson como principal figura técnica e institucional. Afinal, além de defender o gol, o camisa 22 demonstrou capacidade para auxiliar nos bastidores e estabilizar o ambiente.