Se tem uma coisa que o torcedor do Botafogo já aprendeu a conviver em 2025 é com as mudanças. Mesmo após uma temporada histórica no ano anterior, o clube vive um cenário de instabilidade que chamou a atenção da comentarista Ana Thaís Matos, durante participação no programa Seleção SporTV.
A jornalista fez duras críticas ao modelo de gestão adotado por John Textor, apontando riscos à continuidade e ao desenvolvimento do futebol.
Crítica à falta de planejamento
Durante sua análise, Ana Thaís foi enfática ao comentar o estilo de administração do Botafogo, comparando-o ao que chamou de “modo videogame”. Segundo ela, “não gosto desse modo videogame: não gostei manda embora, jogou bem vende para outro time, já vem sabendo que vai passar seis meses e vai embora”.
Para ela, essa lógica empresarial e imediatista, apesar de comum na era SAF, acaba sendo nociva para o nosso futebol. Cabe ressaltar que ela reconhece a força do investimento estrangeiro, mas destaca que o excesso de trocas e decisões apressadas prejudica a construção de um projeto duradouro.
Início de ano confuso e decisões precipitadas
Ana ainda lembrou das indefinições do Botafogo no primeiro semestre. O clube demorou para estabelecer metas, abriu mão do Campeonato Estadual e só tomou decisões estruturais às vésperas do Brasileirão.
Além disso, a demissão de Renato Paiva após a participação no Mundial de Clubes, e a contratação de Davide Ancelotti, ainda não registrado no BID, reforçam a impressão de instabilidade.
Desse jeito, a comentarista afirma que fica difícil analisar com clareza o futuro do time, já que o planejamento parece se moldar à vontade do dono. Dessa maneira, nem mesmo os títulos apagam, segundo ela, os sinais de um modelo que precisa de ajustes.
O dinheiro resolve, mas até quando?
Vale destacar que Ana Thaís reconhece a influência do investimento financeiro na evolução do clube. Com isso, o Botafogo chegou a um novo patamar no cenário nacional e internacional.
Porém, ela conclui com um alerta: “Mesmo sabendo que o dinheiro resolve muitos problemas, eu acho que não dá para cravar nada muito em relação ao Botafogo”.
Portanto, o desafio do clube é também sobre identidade, coerência e continuidade no trabalho desenvolvido.