A passagem de Davide Ancelotti pelo Botafogo chegou ao fim oficialmente na quarta-feira (17), após cinco meses no comando técnico da equipe. A decisão foi tomada após um impasse com a diretoria do clube, que optou pela demissão do preparador físico Luca Guerra, profissional que integrava a comissão técnica do treinador italiano.
Ancelotti, que havia assumido o cargo depois da participação do Botafogo no Mundial de Clubes, deixou o time após reunião com a SAF. O clube alegou a necessidade de reformulação no departamento de preparação física, citando o elevado número de lesões musculares e o desgaste do elenco na reta final do Campeonato Brasileiro como fatores decisivos para as mudanças no setor.
Com 33 partidas à frente da equipe, Davide acumulou 15 vitórias, 11 empates e sete derrotas, encerrando sua passagem com aproveitamento de 56,6%. Apesar da curta trajetória, o treinador destacou o envolvimento com o clube e a intensidade com que viveu o período no futebol brasileiro.
Em publicação feita nas redes sociais, o treinador optou por não se aprofundar nos detalhes da saída, mas expressou gratidão à instituição e aos profissionais com quem trabalhou.
“Hoje encerro um capítulo importante da minha vida profissional. Não é simples se despedir de um lugar onde se viveu com intensidade, pressão e emoção, e onde se criaram relações reais. As decisões fazem parte do caminho e nem sempre cabem em explicações públicas. O que posso dizer é que essa etapa foi vivida com honestidade, entrega e respeito”.
A despedida também foi marcada por mensagens de apoio e solidariedade de membros do elenco. O zagueiro Barboza, por exemplo, utilizou suas redes sociais para agradecer o trabalho da comissão técnica.
“As pessoas boas, que lutam por seus ideais e que têm palavra só merecem coisas boas. Muito sucesso aos quatro”.
O preparador físico Luca Guerra, pivô da divergência entre Ancelotti e a diretoria, também se manifestou com um tom de reconhecimento: “Foi uma verdadeira honra e um prazer trabalhar ao seu lado e ao lado de todos os outros profissionais, que com o tempo também se tornaram amigos”.
Ainda que tenha encerrado sua trajetória no clube, Ancelotti reforçou a serenidade com que encara sua saída, reforçando a confiança no trabalho realizado. “Levo comigo aprendizado, gratidão e a consciência tranquila de ter dado tudo o que tinha. Esse capítulo termina, mas o Botafogo permanece em mim”.
A diretoria agora analisa alternativas para a próxima temporada e, segundo noticiado, Rafael Guanaes, técnico do Mirassol, é uma das principais opções avaliadas para ocupar o cargo deixado pelo treinador italiano.
