quinta-feira, junho 19, 2025
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A declaração de PVC direcionada ao Botafogo de Renato Paiva

A montagem do elenco do Botafogo para o Super Mundial de Clubes de 2025 gerou debate no programa “De Primeira”, do UOL Esporte. O comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, apontou falhas no modelo adotado pela equipe carioca e questionou a falta de continuidade no elenco. Para ele, as mudanças frequentes comprometem a solidez do grupo às vésperas de uma competição de grande porte.

De acordo com PVC, o clube tem se notabilizado por reformular o time em intervalos curtos, o que, segundo ele, impede o amadurecimento da equipe. “Não gosto do modelo do Botafogo, e não é por causa dos jogadores. O problema é mudar o time a cada seis meses”, afirmou o jornalista, que comparou o comportamento do clube a um comerciante de carros usados, pela constante entrada e saída de atletas.

Escudo do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Escudo do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Para o torneio que será disputado nos Estados Unidos, o Botafogo já confirmou a chegada de cinco reforços: Montoro, Kaio Pantaleão, Loor, Arthur Cabral e Joaquín Correa. Enquanto isso, Igor Jesus tem saída programada para logo após o campeonato, e Jair e Cuiabano também podem deixar o clube. PVC entende que essa rotatividade excessiva prejudica o entrosamento e pode refletir no desempenho da equipe.

Ao ilustrar seu ponto, o comentarista mencionou o caso de Luiz Henrique, que recentemente se transferiu para o Zenit. Ele o comparou com Gerson, meio-campista do Flamengo, ressaltando a diferença de trajetória e estabilidade. “Você vai trazer um jogador e pensar: ele vai jogar como o Gerson jogou no Flamengo?”, indagou, lembrando que o jogador rubro-negro construiu uma história sólida no clube, apesar das passagens por times europeus.

Enquanto o Botafogo optou por uma reformulação em meio à temporada, o Palmeiras seguiu um caminho oposto. A equipe paulista manteve o elenco para a disputa do Mundial e foi elogiada por PVC, que destacou a importância da continuidade. “O Palmeiras fez o certo. O time que vai para o Mundial é o mesmo que foi planejado para a temporada”, pontuou, enfatizando que a ausência de mudanças bruscas evita problemas de entrosamento e clima no vestiário.

Por fim, o comentarista deixou claro que o sucesso de qualquer estratégia depende de fatores diversos, mas reiterou que a estabilidade é um diferencial importante. A movimentação intensa no mercado por parte do Botafogo pode gerar incertezas, enquanto a linha adotada pelo Palmeiras parece mais coerente com uma preparação sólida para uma competição internacional.